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11/12/2000
-
17h51
da Reuters
em Berlim
Um líder da União Democrata Cristã (CDU) afirmou hoje que o partido conservador alemão iria tentar voltar ao poder nas próximas eleições, conquistando não apenas os votos de centro do país, mas buscando atrair até os eleitores da extrema direita.
Laurenz Meyer, o vice da presidente da CDU, Angela Merkel, disse em uma entrevista que o seu partido não temia abordar temas polêmicos, tais como a imigração. "Temos de conquistar todo o espectro da direita, buscando os eleitores dos círculos mais afastados e que ainda são democráticos, a fim de incorporá-los ao nosso partido", afirmou Meyer, contratado em outubro para rejuvenescer a imagem da CDU.
"Os extremistas radicais da extrema direita e da extrema esquerda devem ser combatidos com todos os meios à mão, mas acredito que devemos ir o mais longe possível na faixa democrática do eleitorado."
Pesquisas de opinião mostram que metade dos alemães crêem que há estrangeiros demais no país, e dois terços defendem maiores restrições sobre a imigração.
O número de residentes no país que detêm um passaporte estrangeiro saltou de 4 milhões para 7 milhões na última década. O país possui 82 milhões de habitantes.
Os políticos mais conservadores da CDU defendem apelar para esse nicho programático, para derrotar o chanceler Gerhard Schroeder, do Partido Social Democrata, em 2002.
Meyer, 52, a quem se atribui a elevação do moral da CDU, abalada pelo escândalo de fundos ilegais que atingiu seu ex-líder Helmut Kohl, disse que o partido não aceitaria as limitações impostas ao debate político por Schroeder.
O chanceler afirmou à CDU que ela estava "brincando com fogo" ao pedir maiores controles sobre a imigração e sobre a concessão de asilo.
Conservadores alemães apelam para ter votos da extrema direita
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em Berlim
Um líder da União Democrata Cristã (CDU) afirmou hoje que o partido conservador alemão iria tentar voltar ao poder nas próximas eleições, conquistando não apenas os votos de centro do país, mas buscando atrair até os eleitores da extrema direita.
Laurenz Meyer, o vice da presidente da CDU, Angela Merkel, disse em uma entrevista que o seu partido não temia abordar temas polêmicos, tais como a imigração. "Temos de conquistar todo o espectro da direita, buscando os eleitores dos círculos mais afastados e que ainda são democráticos, a fim de incorporá-los ao nosso partido", afirmou Meyer, contratado em outubro para rejuvenescer a imagem da CDU.
"Os extremistas radicais da extrema direita e da extrema esquerda devem ser combatidos com todos os meios à mão, mas acredito que devemos ir o mais longe possível na faixa democrática do eleitorado."
Pesquisas de opinião mostram que metade dos alemães crêem que há estrangeiros demais no país, e dois terços defendem maiores restrições sobre a imigração.
O número de residentes no país que detêm um passaporte estrangeiro saltou de 4 milhões para 7 milhões na última década. O país possui 82 milhões de habitantes.
Os políticos mais conservadores da CDU defendem apelar para esse nicho programático, para derrotar o chanceler Gerhard Schroeder, do Partido Social Democrata, em 2002.
Meyer, 52, a quem se atribui a elevação do moral da CDU, abalada pelo escândalo de fundos ilegais que atingiu seu ex-líder Helmut Kohl, disse que o partido não aceitaria as limitações impostas ao debate político por Schroeder.
O chanceler afirmou à CDU que ela estava "brincando com fogo" ao pedir maiores controles sobre a imigração e sobre a concessão de asilo.
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