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13/12/2000
-
14h56
da France Presse
em Washington
A imprensa americana, que hoje publica em primeira página a decisão da Corte Suprema Federal que abre o caminho a uma vitória do republicano George W Bush nas eleições presidenciais, destaca também a divisão dos juízes e a confusão da sentença.
Muitos editoriais criticam duramente os nove magistrados do alto tribunal, cuja divisão na hora de emitir a sentença "minou a credibilidade" da Corte, segundo o jornal USA Today.
"Esta decisão confusa (...) pode alterar de forma grave a reputação da corte nos anos futuros", afirmou o "Wall Street Journal", que por outro lado qualifica o texto da máxima instância judicial americana como "medíocre" e como um "golpe mortal" para o democrata Al Gore.
Para o "The New York Times", "a decisão (da Corte Suprema) de rejeitar uma nova contagem (de votos) na Flórida se toma a um custo considerável para a confiança do público e a tradição de eleições justas" nos Estados Unidos.
Esta eleição "permanecerá na memória como uma eleição decidida por uma Corte Suprema conservadora a favor de um candidato conservador enquanto as cédulas que poderiam ter dado um resultado diferente não foram contadas na Flórida", diz o jornal.
"Se a Corte Suprema procurou dar um final digno e convincente a esta eleição (...) fracassou", fustigou o "USA Today".
A decisão, contida em um texto de 13 páginas e publicada às 22h locais (1h de Brasília), após 14 horas de deliberações, criou uma confusão espetacular nas escadarias da Corte Suprema.
Todos os jornais publicam fotos de repórteres dos grandes canais de televisão perplexos diante do texto dos juízes: "Correspondentes, apresentadores estrelas, experts e representantes de partidos se esforçavam para compreender o que os juízes tentavam lhes dizer", publica o "The Washington Post".
"A decisão extraordinariamente complicada da Corte levou a uma confusão generalizada minutos depois de sua publicação", diz o "The New York Times".
O "Chicago Tribune" destaca "o sabor amargo" desta eleição ao mesmo tempo que reconhece "a incrível paciência do público". "A parte difícil começa agora" para George W. Bush que, se for finalmente eleito, deverá demonstrar uma considerável habilidade para governar, diz o "USA Today".
Para o "Sun", de Baltimore, a sentença da Corte Suprema federal não deixa "solução legal realista" para Al Gore, e a vitória de Bush estará marcada "por um asterisco que o incluirá no reduzido clube de homens que ganharam a Presidência sem ganhar o voto popular", diz o Chicago Tribune.
O governador do Texas, que ontem jogou tênis para matar o tempo, e quebrou sua raquete segundo uma foto publicada pelo "The Washington Post", deverá "encontrar palavras de calma para uma nação que deu 300 mil votos a mais ao seu adversário", diz o "The New York Times".
Imprensa dos EUA critica confusão na Corte Suprema
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em Washington
A imprensa americana, que hoje publica em primeira página a decisão da Corte Suprema Federal que abre o caminho a uma vitória do republicano George W Bush nas eleições presidenciais, destaca também a divisão dos juízes e a confusão da sentença.
Muitos editoriais criticam duramente os nove magistrados do alto tribunal, cuja divisão na hora de emitir a sentença "minou a credibilidade" da Corte, segundo o jornal USA Today.
"Esta decisão confusa (...) pode alterar de forma grave a reputação da corte nos anos futuros", afirmou o "Wall Street Journal", que por outro lado qualifica o texto da máxima instância judicial americana como "medíocre" e como um "golpe mortal" para o democrata Al Gore.
Para o "The New York Times", "a decisão (da Corte Suprema) de rejeitar uma nova contagem (de votos) na Flórida se toma a um custo considerável para a confiança do público e a tradição de eleições justas" nos Estados Unidos.
Esta eleição "permanecerá na memória como uma eleição decidida por uma Corte Suprema conservadora a favor de um candidato conservador enquanto as cédulas que poderiam ter dado um resultado diferente não foram contadas na Flórida", diz o jornal.
"Se a Corte Suprema procurou dar um final digno e convincente a esta eleição (...) fracassou", fustigou o "USA Today".
A decisão, contida em um texto de 13 páginas e publicada às 22h locais (1h de Brasília), após 14 horas de deliberações, criou uma confusão espetacular nas escadarias da Corte Suprema.
Todos os jornais publicam fotos de repórteres dos grandes canais de televisão perplexos diante do texto dos juízes: "Correspondentes, apresentadores estrelas, experts e representantes de partidos se esforçavam para compreender o que os juízes tentavam lhes dizer", publica o "The Washington Post".
"A decisão extraordinariamente complicada da Corte levou a uma confusão generalizada minutos depois de sua publicação", diz o "The New York Times".
O "Chicago Tribune" destaca "o sabor amargo" desta eleição ao mesmo tempo que reconhece "a incrível paciência do público". "A parte difícil começa agora" para George W. Bush que, se for finalmente eleito, deverá demonstrar uma considerável habilidade para governar, diz o "USA Today".
Para o "Sun", de Baltimore, a sentença da Corte Suprema federal não deixa "solução legal realista" para Al Gore, e a vitória de Bush estará marcada "por um asterisco que o incluirá no reduzido clube de homens que ganharam a Presidência sem ganhar o voto popular", diz o Chicago Tribune.
O governador do Texas, que ontem jogou tênis para matar o tempo, e quebrou sua raquete segundo uma foto publicada pelo "The Washington Post", deverá "encontrar palavras de calma para uma nação que deu 300 mil votos a mais ao seu adversário", diz o "The New York Times".
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