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14/12/2000
-
00h25
da France Presse
em Washington
O projeto político do republicano George W.Bush valoriza a iniciativa individual dos norte-americanos, enquanto que sua visão dos assuntos internacionais poderá conduzir a rupturas com a era Clinton.
Bush pretende financiar seu programa recorrendo a excedentes orçamentários estimados em torno de US$ 4,6 trilhões nos próximos dez anos.
Para o novo chefe de Estado, que "confia no indivíduo", "esse excedente é dinheiro do povo" e deve ser devolvido.
Entre suas prioridades, figura destinar a metade dos excedentes para assegurar a solvência do regime de aposentadoria, uma quarta parte para financiar gastos no âmbito social, educativo ou de defesa, e o outro quarto para baixar impostos (US$ 1,3 trilhão).
Seu projeto, que inclui a eliminação do imposto imobiliário, permitirá que cerca de seis milhões de famílias pobres não paguem impostos, mas também reduzirá os impostos para os mais ricos.
Em termos de educação, Bush defende uma crescente "responsabilidade" no sistema escolar e quer devolver aos Estados um controle maior sobre suas escolas.
Sobre as aposentadorias, pretende privatizar parcialmente o sistema.
Também é favorável à pena de morte, amplamente aplicada no Texas, onde este ano já foram executadas 40 condenados a morte.
No âmbito da política externa, o novo presidente _novato no cenário internacional_ é partidário de uma retirada calculada das forças norte-americanas para concentrá-las na defesa dos interesses vitais do país.
Durante a campanha eleitoral, defendeu a retirada das tropas americanas nos Bálcãs (11.400 homens), causando preocupação entre os aliados europeus de Washington na Otan. Depois afirmou que nada disto será feito sem consulta prévia.
Também se pronunciou por um reforço dos vínculos militares com Taiwán, para dissuadir qualquer tentativa de Pequim de unificar a China pelas armas.
Para manter a superioridade tecnológica americana, Bush pretende um aumento dos créditos militares de US$ 45 bilhões em dez anos.
Impulsiona a criação de um sistema de defesa amtimísseis (terrestre, naval e espacial) para proteger os Estados Unidos e aliados como o Japão, Coréia do Sul, Israel e os países europeus.
No Oriente Médio poderia tomar miniciativas diferentes das do governo de Bill Clinton. Na campanha eleitoral, disse ser favorável a mudar a embaixada americana em Israel de Tel Aviv a Jerusalém.
Suas posturas poderiam criar tensões entre os Estados Unidos e a Rússia, principalmente se for contrário a que o FMI dê novos empréstimos à Moscou, por temor de que sejam desviados.
Por outro lado, descarta pagar a curto prazo a dívida de Washington com a ONU, por considerar que a organização internacional deve proceder em primeiro lugar a uma reforma de estruturas e que a contribuição americana deve ser reduzida.
Em matéria comercial, Bush é favorável a liberalização irrestrita.
Conheça o projeto de Bush para os Estados Unidos
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em Washington
O projeto político do republicano George W.Bush valoriza a iniciativa individual dos norte-americanos, enquanto que sua visão dos assuntos internacionais poderá conduzir a rupturas com a era Clinton.
Bush pretende financiar seu programa recorrendo a excedentes orçamentários estimados em torno de US$ 4,6 trilhões nos próximos dez anos.
Para o novo chefe de Estado, que "confia no indivíduo", "esse excedente é dinheiro do povo" e deve ser devolvido.
Entre suas prioridades, figura destinar a metade dos excedentes para assegurar a solvência do regime de aposentadoria, uma quarta parte para financiar gastos no âmbito social, educativo ou de defesa, e o outro quarto para baixar impostos (US$ 1,3 trilhão).
Seu projeto, que inclui a eliminação do imposto imobiliário, permitirá que cerca de seis milhões de famílias pobres não paguem impostos, mas também reduzirá os impostos para os mais ricos.
Em termos de educação, Bush defende uma crescente "responsabilidade" no sistema escolar e quer devolver aos Estados um controle maior sobre suas escolas.
Sobre as aposentadorias, pretende privatizar parcialmente o sistema.
Também é favorável à pena de morte, amplamente aplicada no Texas, onde este ano já foram executadas 40 condenados a morte.
No âmbito da política externa, o novo presidente _novato no cenário internacional_ é partidário de uma retirada calculada das forças norte-americanas para concentrá-las na defesa dos interesses vitais do país.
Durante a campanha eleitoral, defendeu a retirada das tropas americanas nos Bálcãs (11.400 homens), causando preocupação entre os aliados europeus de Washington na Otan. Depois afirmou que nada disto será feito sem consulta prévia.
Também se pronunciou por um reforço dos vínculos militares com Taiwán, para dissuadir qualquer tentativa de Pequim de unificar a China pelas armas.
Para manter a superioridade tecnológica americana, Bush pretende um aumento dos créditos militares de US$ 45 bilhões em dez anos.
Impulsiona a criação de um sistema de defesa amtimísseis (terrestre, naval e espacial) para proteger os Estados Unidos e aliados como o Japão, Coréia do Sul, Israel e os países europeus.
No Oriente Médio poderia tomar miniciativas diferentes das do governo de Bill Clinton. Na campanha eleitoral, disse ser favorável a mudar a embaixada americana em Israel de Tel Aviv a Jerusalém.
Suas posturas poderiam criar tensões entre os Estados Unidos e a Rússia, principalmente se for contrário a que o FMI dê novos empréstimos à Moscou, por temor de que sejam desviados.
Por outro lado, descarta pagar a curto prazo a dívida de Washington com a ONU, por considerar que a organização internacional deve proceder em primeiro lugar a uma reforma de estruturas e que a contribuição americana deve ser reduzida.
Em matéria comercial, Bush é favorável a liberalização irrestrita.
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