Publicidade
Publicidade
15/12/2000
-
21h02
da Reuters
em Florianópolis
O presidente do Chile, Ricardo Lagos, disse hoje que o seu país não tem escolha senão buscar o livre comércio com os Estados Unidos sozinho, ao invés de fazê-lo ao lado dos cinco parceiros sul-americanos do Mercosul, por causa da distância entre as suas tarifas externas reduzidas e aquelas dos seus vizinhos.
"Para negociar junto com o Mercosul, nós iríamos precisar ter tarifas do Mercosul", disse o presidente Ricardo Lagos, em uma entrevista ao fim da cúpula presidencial do Mercosul em Florianópolis.
O Chile tem uma tarifa externa na média de 9% e deverá reduzi-la para em torno de 6%. A média da tarifa externa do bloco do Mercosul é de 14%.
O Chile chocou os seus parceiros no Mercosul, o terceiro maior bloco mundial, quando anunciou no dia 29 de novembro que iria começar as conversações de livre comércio com os Estados Unidos.
O Mercosul inclui os seguintes países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O Chile e a Bolívia são membros associados.
``Deste ponto de vista (das diferenças das tarifas), nós temos autonomia comercial para negociar independentemente dos países do Mercosul'', disse Lagos. "É por isso que estamos negociando com a União Européia e o Japão".
O Ministro das Relações Exteriores, Luis Felipe Lampreia, classificou a medida como uma ``facada nas costas''. A maior economia da América Latina anunciou no dia 2 de dezembro que havia suspendido as negociações para fazer do Chile um membro permanente no Mercosul.
O presidente Fernando Henrique Cardoso concluiu a cúpula pedindo aos repórteres para não "exagerarem as coisas entre nós", depois de avisos anteriores de que o Chile estaria negociando de uma posição mais fraca, caso este não conversasse sobre livre comércio com os Estados Unidos calcado em uma posição comum no Mercosul.
``Não é que estamos mais fortes ou mais fracos. Nós estamos juntos nas questões, mas estamos aqui conversando sobre livre comércio. Em outras palavras, o que são as suas tarifas e o que são as minhas, e o que poderemos fazer para reduzi-las?'', disse Lagos.
O Chile é o país mais bem-sucedido nas trocas comerciais da América do Sul, enviando até um quinto do seu produto interno bruto em exportações a cada ano. Enquanto isso, o Brasil e a Argentina exportam mais de 10% do total da produção econômica.
Diplomatas da América do Sul disseram que os seus governos estão vendo a iniciativa do Chile com os Estados Unidos como um teste de como as negociações sobre o livre comércio poderão se dar com os EUA na cúpula sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) na Cidade de Quebec, em abril.
Presidente do Chile diz não ter escolha além de acordo com EUA
Publicidade
em Florianópolis
O presidente do Chile, Ricardo Lagos, disse hoje que o seu país não tem escolha senão buscar o livre comércio com os Estados Unidos sozinho, ao invés de fazê-lo ao lado dos cinco parceiros sul-americanos do Mercosul, por causa da distância entre as suas tarifas externas reduzidas e aquelas dos seus vizinhos.
"Para negociar junto com o Mercosul, nós iríamos precisar ter tarifas do Mercosul", disse o presidente Ricardo Lagos, em uma entrevista ao fim da cúpula presidencial do Mercosul em Florianópolis.
O Chile tem uma tarifa externa na média de 9% e deverá reduzi-la para em torno de 6%. A média da tarifa externa do bloco do Mercosul é de 14%.
O Chile chocou os seus parceiros no Mercosul, o terceiro maior bloco mundial, quando anunciou no dia 29 de novembro que iria começar as conversações de livre comércio com os Estados Unidos.
O Mercosul inclui os seguintes países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O Chile e a Bolívia são membros associados.
``Deste ponto de vista (das diferenças das tarifas), nós temos autonomia comercial para negociar independentemente dos países do Mercosul'', disse Lagos. "É por isso que estamos negociando com a União Européia e o Japão".
O Ministro das Relações Exteriores, Luis Felipe Lampreia, classificou a medida como uma ``facada nas costas''. A maior economia da América Latina anunciou no dia 2 de dezembro que havia suspendido as negociações para fazer do Chile um membro permanente no Mercosul.
O presidente Fernando Henrique Cardoso concluiu a cúpula pedindo aos repórteres para não "exagerarem as coisas entre nós", depois de avisos anteriores de que o Chile estaria negociando de uma posição mais fraca, caso este não conversasse sobre livre comércio com os Estados Unidos calcado em uma posição comum no Mercosul.
``Não é que estamos mais fortes ou mais fracos. Nós estamos juntos nas questões, mas estamos aqui conversando sobre livre comércio. Em outras palavras, o que são as suas tarifas e o que são as minhas, e o que poderemos fazer para reduzi-las?'', disse Lagos.
O Chile é o país mais bem-sucedido nas trocas comerciais da América do Sul, enviando até um quinto do seu produto interno bruto em exportações a cada ano. Enquanto isso, o Brasil e a Argentina exportam mais de 10% do total da produção econômica.
Diplomatas da América do Sul disseram que os seus governos estão vendo a iniciativa do Chile com os Estados Unidos como um teste de como as negociações sobre o livre comércio poderão se dar com os EUA na cúpula sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) na Cidade de Quebec, em abril.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice