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16/12/2000 - 10h31

Fechamento de tchernobyl traz alerta para "usina irmã" na Lituânia

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da Reuters
em Visaginas (Lituânia)

Quando os técnicos desligaram na sexta-feira o último reator ainda em atividade da usina nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, palco do pior desastre atômico do mundo, os engenheiros da usina de Ignalina, Lituânia, receberam mais um sinal de que os dias dela também estão contados.

Após anos de negociações entre a Ucrânia e os países ocidentais, o presidente ucraniano, Leonid Kuchma, prometeu em junho desativar de forma definitiva a usina de Tchernobil.

A explosão ocorrida ali em 1986 provocou a morte imediata de 30 bombeiros e lançou uma nuvem de poeira radioativa sobre o Leste Europeu, responsabilizada pela morte de milhares de pessoas, detonando temores a respeito de sua usina irmã.

Há, ao todo, 17 reatores do tipo RBMK (usados em Tchernobil) -- quatro na Ucrânia, 11 na Rússia e dois na usina de Ignalina, na Lituânia.

Construída nos anos 80 com o mesmo projeto da usina ucraniana, Ignalina possuía os dois reatores mais poderosos do mundo quando foram construídos.

A capacidade deles, porém, foi reduzida em virtude do acidente em Tchernobil -- de 1.500 megawatts cada para 1.300. Mesmo assim, o funcionamento dos reatores ainda é motivo de preocupação para os vizinhos da Lituânia e para a União Européia (UE).

No ano passado, a UE conseguiu convencer o país do Báltico a concordar em iniciar a desativação de Igalina.

Mas ainda assim, muitos lituanos mostram-se contrários ao fechamento da usina, que faz da ex-República soviética um dos poucos países dependentes da energia nuclear do mundo -- 70% de sua energia elétrica vem de reatores nucleares.

Os 5.000 funcionários da usina também temem o seu fechamento, que os deixaria sem emprego.
 

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