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18/12/2000
-
17h45
da Reuters
em Moscou
O governo russo afirmou hoje que esperava ansiosamente trabalhar com o novo secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, mas analistas políticos disseram prever um período difícil na relação entre os dois países.
O presidente eleito dos EUA, George W. Bush (republicano), nomeou o general Powell para chefiar a política externa do país e a especialista em Rússia Condoleezza Rice como assessora para a segurança nacional.
Os dois deparam-se com o desafio de realinhar a postura norte-americana em relação a assuntos que dizem respeito à Rússia depois de oito anos de governo democrata chefiado pelo presidente Bill Clinton.
Os russos pedem o fim das sanções sobre o Iraque, desejam continuar com a venda de armas para o Irã e se opõem energicamente aos planos norte-americanos de construir um sistema de mísseis antibalísticos.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, enviou uma mensagem a Powell dizendo estar pronto ``para trabalhar junto com ele, sem interrupção ou atraso, para o bem da população dos dois países''.
A nota enviada por Ivanov, e divulgada pela agência de notícias Interfax, afirma que a Rússia e os EUA estavam ``unidos por uma concordância ampla e pela prontidão em resolver de forma construtiva e racional seus problemas''.
Mas, segundo comentaristas, o novo governo norte-americano prometia ser mais duro com a Rússia que a atual administração Clinton.
Pavel Felgenhauer, um especialista em política internacional, disse que as críticas do presidente russo Vladimir Putin contra as sanções norte-americanas a Cuba e a visita dele à ilha na semana passada apenas aumentariam as chances de um esfriamento das relação EUA-Rússia.
"Tanto Powell quanto Rice são profissionais e muito razoáveis, mas não se iludem", disse Felgenhauer.
"Se os russos quiserem ser amigos, então ajam como tal. Parem de negociar com Castro, parem de vender armas para o Irã e então veremos."
Leia mais no especial Eleições nos EUA
Novo governo dos EUA deve ser mais severo com Rússia
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em Moscou
O governo russo afirmou hoje que esperava ansiosamente trabalhar com o novo secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, mas analistas políticos disseram prever um período difícil na relação entre os dois países.
O presidente eleito dos EUA, George W. Bush (republicano), nomeou o general Powell para chefiar a política externa do país e a especialista em Rússia Condoleezza Rice como assessora para a segurança nacional.
Os dois deparam-se com o desafio de realinhar a postura norte-americana em relação a assuntos que dizem respeito à Rússia depois de oito anos de governo democrata chefiado pelo presidente Bill Clinton.
Os russos pedem o fim das sanções sobre o Iraque, desejam continuar com a venda de armas para o Irã e se opõem energicamente aos planos norte-americanos de construir um sistema de mísseis antibalísticos.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, enviou uma mensagem a Powell dizendo estar pronto ``para trabalhar junto com ele, sem interrupção ou atraso, para o bem da população dos dois países''.
A nota enviada por Ivanov, e divulgada pela agência de notícias Interfax, afirma que a Rússia e os EUA estavam ``unidos por uma concordância ampla e pela prontidão em resolver de forma construtiva e racional seus problemas''.
Mas, segundo comentaristas, o novo governo norte-americano prometia ser mais duro com a Rússia que a atual administração Clinton.
Pavel Felgenhauer, um especialista em política internacional, disse que as críticas do presidente russo Vladimir Putin contra as sanções norte-americanas a Cuba e a visita dele à ilha na semana passada apenas aumentariam as chances de um esfriamento das relação EUA-Rússia.
"Tanto Powell quanto Rice são profissionais e muito razoáveis, mas não se iludem", disse Felgenhauer.
"Se os russos quiserem ser amigos, então ajam como tal. Parem de negociar com Castro, parem de vender armas para o Irã e então veremos."
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