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19/12/2000 - 14h32

Bush enfrenta a difícil tarefa de unir um Congresso dividido

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da AP
em Washington

Apesar de declarações prometendo reconciliação, o presidente eleito George W. Bush encontrará uma situação política na capital norte-americana em que o abismo entre republicanos e democratas no Congresso será mais profundo do que nunca, quando tentar obter a cooperação bipartidária na pauta de assuntos.

"Em seu melhor momento, Washington é hoje a definição da frustração. Assim, não espero um trânsito tranqüilo no Congresso", disse o representante republicano Jim Greenwood.

Se Bush tentar uma agenda estritamente republicana, se arrisca a enfrentar uma sublevação democrata que poderia impedir qualquer diálogo. Se satisfaz, em sua pauta, aos democratas, se arrisca a uma rebelião conservadora do Partido Republicano, encabeçada pelo líder do partido na Câmara de Representantes, Tom DeLay.

Qualquer dos dois cenários poderia significar um colapso, avalia Ross Baker, professor de ciência política da Universidade de Rutgers.

"Os democratas poderiam querer fazer todo o possível para que (Bush) fracasse", disse Baker. "Os conservadores poderiam pressionar o novo presidente com uma agenda muito conservadora. Realmente, vai estar à prova a boa vontade do mundo político de Washington".

Depois de visitar ontem os líderes republicanos e democratas do Congresso, Bush expressou seu desejo de trabalhar nos próximos
meses com ambos os partidos em direção a um terreno comum.

Os líderes, por sua parte, disseram que dariam a boa-vinda ao que o líder da maioria do Senado, Trent Lott, chamou "um novo tom".

"Creio que teremos em George W. Bush um líder que vai proporcionar uma direção que vise uma atmosfera mais cooperativa", adiantou Lott.

Para estar seguros disso, os líderes do Congresso tomaram medidas para estimular o bipartidarismo, incluindo contatos mais freqüentes entre os líderes dos dois partidos.

Dado o resultado das eleições que deu 50 cadeiras no Senado a cada partido, será essencial que se aumente a cooperação para sacar adiante ainda que a mais simples iniciativa da lei.

"A única opção real para nós é reconhecer que o bipartidarismo não é uma opção -é uma necessidade", ressaltou o líder da minoria no Senado Tom Daschle.

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