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20/12/2000
-
13h06
da Reuters
da Washington
Uma mulher que obteve asilo político nos EUA depois de afirmar que temia sofrer mutilação genital se fosse enviada de volta a Gana, seu país de origem, é uma impostora que contou uma mentira elaborada, informou hoje o jornal "The Washington Post".
A mulher dizia chamar-se Adelaide Abankwah e afirmou que precisava asilar-se nos EUA porque tinha sido escolhida para ser a "rainha mãe" de sua tribo em Gana e que, se fosse obrigada a voltar a seu país, sofreria mutilação genital, como manda a tradição local, por não ser mais virgem.
Segundo o jornal, a investigação e o inquérito feitos pelo Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA revelaram que a mulher se chama, na realidade, Regina Norman Danson, tem 31 anos e trabalhava num hotel em Gana. Ela teria inventado a história quando foi flagrada entrando nos EUA com um passaporte falso em 1997.
O caso da ganense recebeu ampla cobertura da mídia, e a mulher recebeu o apoio de vários políticos, incluindo a primeira-dama Hillary Rodham Clinton, o senador Charles Schumer e a deputada Carolyn Maloney, ambos democratas do Estado de Nova York, e celebridades, incluindo as atrizes Julia Roberts e Vanessa Redgrave. Feministas e militantes dos direitos humanos também aderiram a sua causa.
Depois de ter seu pedido de asilo rejeitado duas vezes por juízes, Danson foi libertada da prisão no ano passado e, em julho de 1999, um tribunal de apelações lhe concedeu asilo.
Segundo o jornal, a verdadeira Adelaide Abankwah, uma ex-estudante universitária de 27 anos cujo passaporte foi roubado quatro anos atrás em Gana, vive em Germantown, Maryland, perto de Washington.
Abankwah, que é filha de um empresário de Acra, disse ao jornal não saber como Danson obteve seu passaporte e que estava com medo de revelar a fraude porque temia ser deportada dos Estados Unidos em função de problemas de imigração não relacionados a Danson.
O jornal disse que investigadores do serviço de imigração recomendaram há mais de um ano que Danson fosse processada por fraude. Mas autoridades informadas do caso teriam dito que o Departamento de Justiça hesitou em processar a ganense por receio de causar constrangimento aos políticos e funcionários da administração Clinton que haviam aderido à causa da suposta ameaçada de mutilação.
Africana que recebeu asilo político e apoio de Hillary é impostora
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da Washington
Uma mulher que obteve asilo político nos EUA depois de afirmar que temia sofrer mutilação genital se fosse enviada de volta a Gana, seu país de origem, é uma impostora que contou uma mentira elaborada, informou hoje o jornal "The Washington Post".
A mulher dizia chamar-se Adelaide Abankwah e afirmou que precisava asilar-se nos EUA porque tinha sido escolhida para ser a "rainha mãe" de sua tribo em Gana e que, se fosse obrigada a voltar a seu país, sofreria mutilação genital, como manda a tradição local, por não ser mais virgem.
Segundo o jornal, a investigação e o inquérito feitos pelo Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA revelaram que a mulher se chama, na realidade, Regina Norman Danson, tem 31 anos e trabalhava num hotel em Gana. Ela teria inventado a história quando foi flagrada entrando nos EUA com um passaporte falso em 1997.
O caso da ganense recebeu ampla cobertura da mídia, e a mulher recebeu o apoio de vários políticos, incluindo a primeira-dama Hillary Rodham Clinton, o senador Charles Schumer e a deputada Carolyn Maloney, ambos democratas do Estado de Nova York, e celebridades, incluindo as atrizes Julia Roberts e Vanessa Redgrave. Feministas e militantes dos direitos humanos também aderiram a sua causa.
Depois de ter seu pedido de asilo rejeitado duas vezes por juízes, Danson foi libertada da prisão no ano passado e, em julho de 1999, um tribunal de apelações lhe concedeu asilo.
Segundo o jornal, a verdadeira Adelaide Abankwah, uma ex-estudante universitária de 27 anos cujo passaporte foi roubado quatro anos atrás em Gana, vive em Germantown, Maryland, perto de Washington.
Abankwah, que é filha de um empresário de Acra, disse ao jornal não saber como Danson obteve seu passaporte e que estava com medo de revelar a fraude porque temia ser deportada dos Estados Unidos em função de problemas de imigração não relacionados a Danson.
O jornal disse que investigadores do serviço de imigração recomendaram há mais de um ano que Danson fosse processada por fraude. Mas autoridades informadas do caso teriam dito que o Departamento de Justiça hesitou em processar a ganense por receio de causar constrangimento aos políticos e funcionários da administração Clinton que haviam aderido à causa da suposta ameaçada de mutilação.
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