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23/12/2000 - 07h50

Bush diz que não fará moratória para execuções federais

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das agências internacionais

O presidente eleito dos EUA, George W. Bush, reafirmou ontem seu apoio à pena de morte e rechaçou a idéia de declarar uma moratória nas execuções federais, como pedem os países europeus.

"Sou a favor da pena de morte e não vejo nenhuma razão para estabelecer uma moratória em nível federal", disse Bush momentos depois de haver anunciado a indicação do senador republicano John Ashcroft como futuro secretário de Justiça.

Ashcroft, que será o responsável pela aplicação da pena de morte em nível federal, disse que concorda com Bush.

A última execução por crime federal nos EUA aconteceu há 37 anos. Posteriormente, a pena de morte federal foi suspensa e reinstalada em 1988.

Como governador do Texas, Bush foi responsável por um recorde de 40 execuções por crimes estaduais neste ano e cerca de 150 nos últimos seis anos.

Ashcroft é o sexto nome indicado por Bush para seu gabinete desde que foi confirmado como presidente eleito. A nomeação de Ashcroft, conservador, foi considerada uma tentativa de acalmar as alas republicanas mais à direita, que cobravam uma participação maior no futuro governo.

Ativistas pró-aborto o vêem como um grande oponente da causa, por causa de seu apoio a um projeto de lei que proíbe o aborto mesmo em casos de estupro ou incesto.

As outras escolhas de Bush para seu futuro gabinete haviam sido, até agora, mais moderadas, refletindo sua intenção de agradar aos democratas após a apertada eleição, decidida após uma batalha legal de mais de um mês.

Bush foi declarado vencedor após a Suprema Corte dos EUA negar uma recontagem manual de votos na Flórida, pedida pelo vice-presidente Al Gore, candidato democrata. Bush venceu Gore no Estado por uma diferença de 537 votos num universo de 6 milhões de eleitores.

Com os 25 votos do Estado no Colégio Eleitoral, Bush atingiu 271 delegados, contra 267 de Gore. Nos votos populares em todo o país, porém, Gore obteve cerca de 540 mil votos a mais que Bush entre 105 milhões de eleitores, segundo dados divulgados ontem pela "Associated Press".

Os dados oficiais anteriores indicavam uma vantagem de 340 mil votos entre 100 milhões de eleitores.
 

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