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26/12/2000 - 13h04

Novos dirigentes sérvios discutem prisão de Milosevic

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da Reuters
em Belgrado

Quando Slobodan Milosevic encontrava-se no auge de sua popularidade, olhou para uma foto sua colada em um muro da Sérvia e perguntou: "O que irá nos acontecer?".

"Um dia eles me tirarão daqui", respondeu a foto. "Mas você, eles enforcarão."

A previsão, uma velha piada sérvia recontada no livro "The Death of Yugoslavia" ("A Morte da Iugoslávia"), de Laura Silber e Allan Little, não deve se realizar, mas o ex-presidente está menos confortável nesses dias.

Ninguém diz pretender eliminar Milosevic literalmente, mas, depois da vitória folgada nas eleições sérvias de sábado (23), os novos dirigentes reformistas do país falam cada vez mais frequentemente em levar o ex-dirigente e seus aliados à Justiça.

"Milosevic e as altas autoridades do governo anterior devem ser detidos antes do Ano Novo a fim de que não ingressemos no novo milênio amaldiçoados", afirmou Nebjosa Covic, líder da Aliança Pró-Democracia que agora detém o controle do país.

Fala-se, porém, em levar Milosevic à corte devido a abusos cometidos durante seu governo e que o deixaram rico. Ninguém parece pretender julgá-lo por crimes de guerra cometidos em Kosovo, como desejam as potências ocidentais.

E prender Milosevic antes do Ano Novo não é uma tarefa fácil. Os reformistas, que apóiam o novo presidente iugoslavo, Vojislav Kostunica, não devem nem mesmo ter formado seu governo sérvio antes da segunda semana de janeiro.

E, apesar de terem obtido o controle do órgão mais poderoso da Iugoslávia, os reformistas terão um tempo duro pela frente se realmente levarem adiante suas ameaças de prender Milosevic.

A Iugoslávia é formada por duas Repúblicas (Sérvia e Montenegro) e por duas províncias (Kosovo e Voivodna).

  • Leia mais sobre a crise na Iugoslávia



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