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04/01/2001 - 10h50

Presidente interino do Peru nega caça às bruxas

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da AP
em Lima (Peru)

O presidente em exercício no Peru, Valentín Paniagua, negou que seu governo esteja empreendendo uma "caça às bruxas" contra funcionários da gestão anterior. Entretanto confirmou que será implacável na punição aos que cometeram delitos.

Paniagua, que substituiu no mês passado o ex-presidente Alberto Fujimori, destituído pelo Congresso por "incapacidade moral", afirmou ontem que seu governo nunca desrespeitou a lei.

"Não vamos fazer nenhuma caça às bruxas, tampouco vamos permitir que as pessoas fujam de suas responsabilidades sob o pretexto de perseguição política, encobrindo atos ligados com a moralidade", afirmou o presidente em uma coletiva.

"As pessoas que são alvo de alguma restrição o são por ordem judicial ou decisão do Congresso", afirmou, depois de presidir uma reunião do Conselho de Ministros no Palácio do Governo. O presidente se referia à investigação do ex-assessor de inteligência Vladimiro Montesinos, braço direito de Fujimori em seu governo.

Esta investigação atingiu várias pessoas, incluindo ex-ministros, que estão detidos, em prisão domiciliar ou impedidos de sair do país. Montesinos é acusado de enriquecimento ilícito, corrupção de funcionários, lavagem de dinheiro e tráfico de armas.

Paniagua e o ministro da Justiça, Diego García Sayán, anunciaram que o executivo enviará ao Congresso um projeto de lei que estabelece procedimento especial para que aqueles que aqueles que ocuparam altos cargos no governo e têm direito à imunidade tenham seus direitos limitados.

Este foi o caso do general aposentado Víctor Malca, ex-ministro do Interior, que fugiu do Peru, quando uma comissão legislativa que investigava Montesinos afirmou que ele se incriminava legalmente ao não conseguir explicar de onde vinha sua fortuna de US$ 14 milhões, depositada em bancos do Peru e Caimãs.

Entre as pessoas investigadas também se encontra Fujimori, auto-exilado no Japão, terra de seus pais, que o reconheceu recentemente como cidadão japonês, o que impede uma eventual extradição.
 

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