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12/01/2001
-
22h20
da France Presse
em Hebron (Cisjordânia)
Israelenses e palestinos retomarão as negociações amanhã, apesar de não terem conseguido resultados em uma maratônica reunião na noite de ontem e da retomada de violência depois de três dias de calma.
Pela primeira vez desde terça-feira (9), um palestino morreu em Hebron (Sul da Cisjordânia), por disparos de soldados israelenses, e outros quatro ficaram feridos.
As delegações israelenses e palestinas discutirão outra vez o plano de compromisso proposto pelo presidente norte-americano, Bill Clinton.
Durante a reunião de Erez, principal ponto de passagem entre a faixa de Gaza e Israel, que acabou hoje, os palestinos recusaram a idéia de uma simples declaração de princípios.
"Os palestinos destacaram que era necessário alcançar um acordo de paz completo e detalhado com garantias internacionais sobre sua aplicação", declarou o ministro palestino de Informação, Iasser Abed Rabbo. "Recusamos qualquer acordo que constitua uma declaração de princípios ou um acordo provisório. O que queremos é um acordo global."
O assessor do primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, para os temas de segurança, Danny Yatom, manifestou certa prudência sobre a continuação desta reunião. "Não houve avanços, mas pelo menos as negociações não foram desastrosas", disse.
"As discrepâncias são tantas que não acredito que possamos superá-las antes do final do mandato de Clinton, no dia 20 de janeiro, nem sequer antes das eleições em Israel para o cargo de primeiro-ministro no próximo dia 6 de fevereiro", disse Yatom.
Representando Israel, participaram da reunião o chanceler Shlomo Ben Ami, o ministro dos transportes, Amnon Lipkin-Shahak, e o chefe de gabinete de Barak, Gilad Sher; os palestinos foram representados por Abed Rabbo, o negociador Saeb Erakat, o presidente do Conselho Legislativo (Parlamento), Ahmed Qorei, e o chefe do Serviço de Segurança Preventiva na faixa de Gaza, Mohammad Dahlan.
Segundo a rádio estatal israelense, o ministro israelense de Cooperação Regional, Shimon Peres, terá uma reunião fechada com o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, amanhã à noite.
Hoje Shaker Hassuna, um palestino de 23 anos, foi morto a tiros de soldados israelenses em Hebron. Com esta morte, o número de vítimas mortais desde o começo dos conflitos, no último dia 28 de setembro, sobe para 376: 319 palestinos, 43 israelenses, 13 árabes israelenses e um alemão.
Outros quatro palestinos ficaram feridos, um deles gravemente, por disparos de soldados israelenses também em Hebron, e houve tiroteios na entrada de Ramalá (Norte da Cisjordânia), onde um soldado ficou levemente ferido por uma pedra, informaram militares.
Os enfrentamentos ocorreram apesar da reunião de segurança da noite de quarta-feira (10), na qual as duas partes decidiram retomar durante os próximos dias suas patrulhas mistas, interrompidas pouco depois do início dos confrontos.
O governo israelense adotou ontem medidas para reduzir a tensão. a principal estrada da faixa de Gaza foi reaberta, assim como as fronteiras de Rafá, entre o Egito e a faixa de Gaza, e da ponte Allenby, com a Jordânia, na Cisjordânia. Israel também autorizou hoje a reabertura do aeroporto internacional palestino na faixa de Gaza, mas por apenas seis horas diárias.
Já a justiça palestina aplicou a pena máxima a dois palestinos que facilitaram informações ao inimigo. Dois palestinos condenados por colaboracionismo com Israel serão executados amanhã de manhã, depois que Arafat confirmar a sentença de morte pronunciada contra eles, anunciou hoje o ministro da Justiça palestino, Freih Abu Meddeine.
Os dois veredictos não admitem apelação, e Arafat se negou a trocar a pena de morte por prisão, como prevê a lei. Serão as duas primeiras execuções por colaboracionismo como consequência de uma decisão judicial.
Leia mais sobre o conflito no Oriente Médio
Israelenses e palestinos retomam negociações amanhã
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em Hebron (Cisjordânia)
Israelenses e palestinos retomarão as negociações amanhã, apesar de não terem conseguido resultados em uma maratônica reunião na noite de ontem e da retomada de violência depois de três dias de calma.
Pela primeira vez desde terça-feira (9), um palestino morreu em Hebron (Sul da Cisjordânia), por disparos de soldados israelenses, e outros quatro ficaram feridos.
As delegações israelenses e palestinas discutirão outra vez o plano de compromisso proposto pelo presidente norte-americano, Bill Clinton.
Durante a reunião de Erez, principal ponto de passagem entre a faixa de Gaza e Israel, que acabou hoje, os palestinos recusaram a idéia de uma simples declaração de princípios.
"Os palestinos destacaram que era necessário alcançar um acordo de paz completo e detalhado com garantias internacionais sobre sua aplicação", declarou o ministro palestino de Informação, Iasser Abed Rabbo. "Recusamos qualquer acordo que constitua uma declaração de princípios ou um acordo provisório. O que queremos é um acordo global."
O assessor do primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, para os temas de segurança, Danny Yatom, manifestou certa prudência sobre a continuação desta reunião. "Não houve avanços, mas pelo menos as negociações não foram desastrosas", disse.
"As discrepâncias são tantas que não acredito que possamos superá-las antes do final do mandato de Clinton, no dia 20 de janeiro, nem sequer antes das eleições em Israel para o cargo de primeiro-ministro no próximo dia 6 de fevereiro", disse Yatom.
Representando Israel, participaram da reunião o chanceler Shlomo Ben Ami, o ministro dos transportes, Amnon Lipkin-Shahak, e o chefe de gabinete de Barak, Gilad Sher; os palestinos foram representados por Abed Rabbo, o negociador Saeb Erakat, o presidente do Conselho Legislativo (Parlamento), Ahmed Qorei, e o chefe do Serviço de Segurança Preventiva na faixa de Gaza, Mohammad Dahlan.
Segundo a rádio estatal israelense, o ministro israelense de Cooperação Regional, Shimon Peres, terá uma reunião fechada com o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, amanhã à noite.
Hoje Shaker Hassuna, um palestino de 23 anos, foi morto a tiros de soldados israelenses em Hebron. Com esta morte, o número de vítimas mortais desde o começo dos conflitos, no último dia 28 de setembro, sobe para 376: 319 palestinos, 43 israelenses, 13 árabes israelenses e um alemão.
Outros quatro palestinos ficaram feridos, um deles gravemente, por disparos de soldados israelenses também em Hebron, e houve tiroteios na entrada de Ramalá (Norte da Cisjordânia), onde um soldado ficou levemente ferido por uma pedra, informaram militares.
Os enfrentamentos ocorreram apesar da reunião de segurança da noite de quarta-feira (10), na qual as duas partes decidiram retomar durante os próximos dias suas patrulhas mistas, interrompidas pouco depois do início dos confrontos.
O governo israelense adotou ontem medidas para reduzir a tensão. a principal estrada da faixa de Gaza foi reaberta, assim como as fronteiras de Rafá, entre o Egito e a faixa de Gaza, e da ponte Allenby, com a Jordânia, na Cisjordânia. Israel também autorizou hoje a reabertura do aeroporto internacional palestino na faixa de Gaza, mas por apenas seis horas diárias.
Já a justiça palestina aplicou a pena máxima a dois palestinos que facilitaram informações ao inimigo. Dois palestinos condenados por colaboracionismo com Israel serão executados amanhã de manhã, depois que Arafat confirmar a sentença de morte pronunciada contra eles, anunciou hoje o ministro da Justiça palestino, Freih Abu Meddeine.
Os dois veredictos não admitem apelação, e Arafat se negou a trocar a pena de morte por prisão, como prevê a lei. Serão as duas primeiras execuções por colaboracionismo como consequência de uma decisão judicial.
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