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13/01/2001 - 22h42

Líder humanitária chilena comemora extradição de ex-militar argentino

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da France Presse
em Santiago (Chile)

Viviana Díaz, presidente da Associação de Familiares de Presos Desaparecidos do Chile, comemorou a decisão da Justiça mexicana de dar sinal verde à extradição na Espanha do ex-militar argentino Ricardo Miguel Cavallo. Para ela, "foi uma grande contribuição à luta contra a impunidade".

Díaz afirmou que a decisão "é realmente muito importante, porque demonstra que hoje em dia o direito internacional dá a possibilidade de que, se os crimes não forem submetidos a um processo em seus respectivos países, os acusados possam ser extraditados independentemente do país onde tenham cometido os crimes".

"Isto é importante e é uma grande contribuição à luta contra a impunidade", disse ela ao ser consultada sobre o assunto durante um breve encontro com a imprensa no final do segundo dia de escavações em Cuesta Barriga, onde se acreditava existir uma fossa com seis corpos de presos desaparecidos.

Ela lembrou que existe uma ordem do juiz espanhol Baltazar Garzón, o mesmo que pediu a extradição de Cavallo, para prender 32 chilenos em qualquer lugar do mundo acusados por violações aos direitos humanos cometidas contra cidadãos espanhóis durante a ditadura (1973-1990).

Cavallo, acusado de terrorismo, torturas e genocídio durante a ditadura argentina (1976-1983), foi preso no México no dia 24 de agosto, quando tentava voltar para seu país, depois que um jornal local o reconheceu como um torturador que atuou na Escola de Marinha.

A Justiça espanhola também tentou julgar o ex-ditador Augusto Pinochet, preso em outubro de 1998 em Londres, por meio de uma ordem do juiz Garzón, que pediu sua extradição.

O incidente abriu um debate internacional sobre a extraterritorialidade judicial e o governo chileno de Eduardo Frei e outros presidentes latino-americanos questionaram a decisão e defenderam o princípio de territorialidade.

O governo britânico de Tony Blair acabou libertando Pinochet por razões de saúde e ele pôde viajar para seu país, onde enfrenta mais de 250 processos na Justiça.


Leia mais sobre o caso Pinochet na Folha Online
 

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