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14/01/2001
-
14h30
da Reuters
em Nova York
A Guerras e a seca devem causar fome e afetar milhões de pessoas no planeta este ano, segundo previsões do WFP _Programa das Nações Unidas para a Comida no Mundo.
Pelo menos 830 milhões de pessoas são atualmente subnutridas, a maior parte delas em países em desenvolvimento, disse a diretora-executiva do WFP, Catherine Bertini, ao divulgar um novo "mapa da fome".
"Percebemos uma tendência alarmante, segundo a qual as nações mais pobres são atingidas simultaneamente por desastres naturais e feitos pelo homem. É o caso de países como Sudão, Etiópia, Eritréia, Indonésia, Afeganistão, Serra Leoa, Guiné e Tajiquistão."
O novo levantamento também afirma que 11% dos 481 milhões de habitantes da América Latina também sofrem de subnutrição. Os piores casos nessa região são registrados no Haiti, Nicarágua, Bolívia e Honduras.
No ano passado, o programa forneceu comida a 89 milhões de pessoas em 80 países. Cerca de 16 milhões eram do Chifre da África, _ nordeste do continente_ onde a WFP tenta evitar repetições da grande fome de 1983-84.
Segundo Bertini, a subnutrição passa de geração a geração nesses lugares. "Se uma mãe não consegue obter comida suficiente para si, a criança começa a vida de uma forma fraca, e nunca se transforma em um adulto saudável", disse.
O novo mapa da fome destaca a África como o continente mais afetado. Uma em cada três pessoas da região não tem comida suficiente, em razão da combinação da seca com guerras. É o caso de Etiópia, Eritréia, Angola, Burundi, Serra Leoa, Guiné e Somália.
Bertini disse que os doadores ajudaram rapidamente o programa em 2000 após alertas na Etiópia e na Eritréia. O mesmo não ocorreu, porém, em relação ao Iraque, onde, segundo ela, programas voltados a crianças menores de 5 anos não receberam o dinheiro necessário.
A maior parte dos alimentos que chegam a Bagdá fazem parte do esquema da ONU conhecido como "petróleo por comida". Mas, segundo funcionários da organização, a população iraquiana sente tanta falta de outros produtos e que, muitas vezes, acabam vendendo a pouca comida de que dispõem para comprar outras coisas, como roupas.
Seca e guerras causarão fome no mundo em 2001, diz ONU
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em Nova York
A Guerras e a seca devem causar fome e afetar milhões de pessoas no planeta este ano, segundo previsões do WFP _Programa das Nações Unidas para a Comida no Mundo.
Pelo menos 830 milhões de pessoas são atualmente subnutridas, a maior parte delas em países em desenvolvimento, disse a diretora-executiva do WFP, Catherine Bertini, ao divulgar um novo "mapa da fome".
"Percebemos uma tendência alarmante, segundo a qual as nações mais pobres são atingidas simultaneamente por desastres naturais e feitos pelo homem. É o caso de países como Sudão, Etiópia, Eritréia, Indonésia, Afeganistão, Serra Leoa, Guiné e Tajiquistão."
O novo levantamento também afirma que 11% dos 481 milhões de habitantes da América Latina também sofrem de subnutrição. Os piores casos nessa região são registrados no Haiti, Nicarágua, Bolívia e Honduras.
No ano passado, o programa forneceu comida a 89 milhões de pessoas em 80 países. Cerca de 16 milhões eram do Chifre da África, _ nordeste do continente_ onde a WFP tenta evitar repetições da grande fome de 1983-84.
Segundo Bertini, a subnutrição passa de geração a geração nesses lugares. "Se uma mãe não consegue obter comida suficiente para si, a criança começa a vida de uma forma fraca, e nunca se transforma em um adulto saudável", disse.
O novo mapa da fome destaca a África como o continente mais afetado. Uma em cada três pessoas da região não tem comida suficiente, em razão da combinação da seca com guerras. É o caso de Etiópia, Eritréia, Angola, Burundi, Serra Leoa, Guiné e Somália.
Bertini disse que os doadores ajudaram rapidamente o programa em 2000 após alertas na Etiópia e na Eritréia. O mesmo não ocorreu, porém, em relação ao Iraque, onde, segundo ela, programas voltados a crianças menores de 5 anos não receberam o dinheiro necessário.
A maior parte dos alimentos que chegam a Bagdá fazem parte do esquema da ONU conhecido como "petróleo por comida". Mas, segundo funcionários da organização, a população iraquiana sente tanta falta de outros produtos e que, muitas vezes, acabam vendendo a pouca comida de que dispõem para comprar outras coisas, como roupas.
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