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15/01/2001 - 19h38

Clinton lembra Luther King pedindo harmonia entre raças

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da AP
em Washington

O presidente Bill Clinton comemorou hoje o aniversário do líder dos direitos civis Martin Luther King assegurando que seu desejo ao abandonar a presidência é deixar um país onde a busca pela harm
onia supere as diferenças raciais, étnicas e culturais.

Em um de seus últimos pronunciamentos como governante, Clinton
disse na Universidade do Distrito de Colúmbia que "se pudesse sair da Casa Branca com um só desejo, ele seria que nos convertessemos no país unido que todos aspiramos ser".

Clinton aproveitou o evento para enviar uma série de recomendações ao Congresso sobre como melhorar as relações raciais nos Estados Unidos.

Em sua mensagem ao Congresso, difundida ontem, Clinton pediu que se ponha fim à "prática intolerável" de "caracterização racial" pela qual grupos minoritários são objeto de assédio policial.

Clinton também solicitou que se declare o dia das eleições
nacionais como feriado e recomendou que o próximo governo de
George W. Bush designe uma comissão presidencial bipartidária para
uma reforma eleitoral. A comissão seria chefiada pelos ex-presidentes Gerald Ford e Jimmy Carter.

"Se houve uma vez alguma dúvida sobre a importância de se fazer uso do mais importante direito do cidadão, isso foi certamente clarificado na primeira eleição presidencial do novo século", disse Clinton.

Entretanto, Clinton lembrou que "os votos de muita gente não foram contados e que alguns denunciaram que houve uma ação organizada para mantê-los alijados das pesquisas".

Alguns eleitores de minorias, sobretudo no estado da Flórida, -onde finalmente foi determinado o resultado das eleições- afirmam que foram intimidados e que inclusive lhes impediram de votar e ir às urnas.

Em sua mensagem, Clinton pediu ao Congresso tomar uma série de medidas sobre temas sociais que considera de grande importância, incluindo um aumento considerável do salário mínimo, a melhora do sistema de saúde para a classe trabalhadora e assistência para o cuidado de crianças de famílias que trabalham.

O presidente insistiu em favor da aplicação vigorosa das leis que protegem os direitos civis, aprovadas para pôr fim a qualquer forma de discriminação.

Clinton, além disso, recomendou a seu sucessor que promova a aprovação legislativa de leis contra atos desencadeados pelo ódio racial. Também expressou seu apoio a que se outorgue novamente aos réus o direito de voto.

Por outro lado, indicou que os norte-americanos têm uma "obrigação especial" de velar para que a pena de morte seja aplicada de forma justa. Mesmo assim, sugeriu a aprovação de uma lei que permita aos prisioneiros condenados à morte ter maior acesso às provas de ADN e que
seja garantido que recebam a melhor assistência legal possível.

 

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