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16/01/2001
-
16h37
da France Presse
em Jerusalém
"Sharon, um líder para a paz", é a opinião da direita; "Sharon nos levará à guerra" diz o partido Trabalhista do atual primeiro-ministro Ehud Barak. A campanha eleitoral começou hoje em Israel, na rádio e na TV, tendo o candidato da direita Ariel Sharon como astro principal.
Os dois candidatos disporão de 120 minutos cada um até o dia 6 de fevereiro para tentar convencer os indecisos, um aspecto da disputa particularmente importante para Barak que continua, segundo as pesquisas, muito atrás de Sharon.
Ariel Sharon, como Ehud Barak, darão ênfase aos passados de soldados, à capacidade para construir uma paz verdadeira e, evidentemente, insistirão sobre os erros de seus adversários.
"Optamos por uma campanha positiva", afirmou um porta-voz da campanha de Ariel Sharon, Jonathan Baker. Isto significa que o Likud limitará os ataques pessoais contra Barak, mesmo se, num de seus programas radiofônicos, um militante deste partido de direita lançar: "Barak prometeu, Barak decepcionou, deve sair".
Dois temas importantes, portanto, para Ariel Sharon: a paz e a segurança. Mas nos enormes cartazes que representam o candidato da direita é a palabra "líder" e não "paz" que está destacada em vermelho.
Um filme da campanha eleitoral o mostra como soldado, e outra como diplomata experiente, cercado de líderes árabes, entre eles o chefe palestino Iasser Arafat.
Há alguns dias, o Likud declara em suas reuniões eleitorais: "Queremos a unidade e a segurança, um dirigente com experiência, novos horizontes, queremos saber que Jerusalém permanecerá sendo nossa para sempre, assim como o vale do Jordão. Só Sharon pode trazer a paz que nos protegerá".
O candidato da direita nega qualquer concessão aos palestinos sobre a parte árabe de Jerusalém, conquistada e anexada por Israel na Guerra dos Seis Dias, assim como sobre o vale do Jordão, ao longo da fronteira com a Jordânia, uma região igualmente conquistada durante a guerra israelense-árabe de junho de 1967.
Os partidários de Barak optaram pelo ataque. No rádio, o premier ataca o passado militar de Sharon, ex-general e ex-ministro da Defesa, principalmente durante a guerra do Líbano.
"A direita dirigida por Sharon não tem alternativa militar ou política, só apresenta uma série de slogans. Ao querer chegar a uma paz fria, nos leva à guerra, afirma Barak em mensagem digulgada hoje pela manhã.
Um filme apresenta Ariel Sharon afirmando que "a operação 'paz na Galiléia' é uma das mais justificadas das guerras de Israel". A frase é anunciada em meio à imagem de soldados feridos e de explosões.
"Ele queria atacar o Iraque durante a guerra do Golfo, e foi ele que nos afundou durante 18 anos no barro libanês que nos custou mais de 1.000 mortos", proclama outra mensagem publicitária.
Os trabalhistas se referem assim à invasão israelense do Líbano em 1982, quando Sharon era ministro da Defesa. "Como querem vocês que Sharon faça a paz quando sempre esteve a favor da guerra?", comenta um "homem do povo".
Já os organizadores da campanha de Barak decidiram dar destaque à retirada do Líbano, efetuada em maio passado, um fato que o chefe do atual governo apresenta como um dos grandes êxitos de seu mandato, com depoimentos de parentes de soldados.
Leia mais sobre o conflito no Oriente Médio
Começa a campanha eleitoral em Israel
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em Jerusalém
"Sharon, um líder para a paz", é a opinião da direita; "Sharon nos levará à guerra" diz o partido Trabalhista do atual primeiro-ministro Ehud Barak. A campanha eleitoral começou hoje em Israel, na rádio e na TV, tendo o candidato da direita Ariel Sharon como astro principal.
Os dois candidatos disporão de 120 minutos cada um até o dia 6 de fevereiro para tentar convencer os indecisos, um aspecto da disputa particularmente importante para Barak que continua, segundo as pesquisas, muito atrás de Sharon.
Ariel Sharon, como Ehud Barak, darão ênfase aos passados de soldados, à capacidade para construir uma paz verdadeira e, evidentemente, insistirão sobre os erros de seus adversários.
"Optamos por uma campanha positiva", afirmou um porta-voz da campanha de Ariel Sharon, Jonathan Baker. Isto significa que o Likud limitará os ataques pessoais contra Barak, mesmo se, num de seus programas radiofônicos, um militante deste partido de direita lançar: "Barak prometeu, Barak decepcionou, deve sair".
Dois temas importantes, portanto, para Ariel Sharon: a paz e a segurança. Mas nos enormes cartazes que representam o candidato da direita é a palabra "líder" e não "paz" que está destacada em vermelho.
Um filme da campanha eleitoral o mostra como soldado, e outra como diplomata experiente, cercado de líderes árabes, entre eles o chefe palestino Iasser Arafat.
Há alguns dias, o Likud declara em suas reuniões eleitorais: "Queremos a unidade e a segurança, um dirigente com experiência, novos horizontes, queremos saber que Jerusalém permanecerá sendo nossa para sempre, assim como o vale do Jordão. Só Sharon pode trazer a paz que nos protegerá".
O candidato da direita nega qualquer concessão aos palestinos sobre a parte árabe de Jerusalém, conquistada e anexada por Israel na Guerra dos Seis Dias, assim como sobre o vale do Jordão, ao longo da fronteira com a Jordânia, uma região igualmente conquistada durante a guerra israelense-árabe de junho de 1967.
Os partidários de Barak optaram pelo ataque. No rádio, o premier ataca o passado militar de Sharon, ex-general e ex-ministro da Defesa, principalmente durante a guerra do Líbano.
"A direita dirigida por Sharon não tem alternativa militar ou política, só apresenta uma série de slogans. Ao querer chegar a uma paz fria, nos leva à guerra, afirma Barak em mensagem digulgada hoje pela manhã.
Um filme apresenta Ariel Sharon afirmando que "a operação 'paz na Galiléia' é uma das mais justificadas das guerras de Israel". A frase é anunciada em meio à imagem de soldados feridos e de explosões.
"Ele queria atacar o Iraque durante a guerra do Golfo, e foi ele que nos afundou durante 18 anos no barro libanês que nos custou mais de 1.000 mortos", proclama outra mensagem publicitária.
Os trabalhistas se referem assim à invasão israelense do Líbano em 1982, quando Sharon era ministro da Defesa. "Como querem vocês que Sharon faça a paz quando sempre esteve a favor da guerra?", comenta um "homem do povo".
Já os organizadores da campanha de Barak decidiram dar destaque à retirada do Líbano, efetuada em maio passado, um fato que o chefe do atual governo apresenta como um dos grandes êxitos de seu mandato, com depoimentos de parentes de soldados.
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