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16/01/2001
-
22h26
da France Presse
em Montevidéu
O governo paraguaio enviou para a Comissão para a Paz, criada em agosto de 2000 pelo presidente do Uruguai Jorge Batlle, a documentação sobre o desaparecimento de cidadãos uruguaios durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
A informação foi divulgada hoje em Montevidéu por Carlos Ramela numa coletiva de imprensa. Ramela representa Batlle no grupo que investiga o desaparecimento de uruguaios durante o regime militar no país (1973-1985).
Gonzalo Fernández, coordenador desta Comissão e representante do Encontro Progressista-Frente Ampla (EP-FA), disse que "de uma leitura prévia do volumoso documento pode-se extrair que dois dos três uruguaios desaparecidos no Paraguai foram entregues a militares argentinos".
"Existem recibos da entrega à Argentina destes uruguaios presos no Paraguai", reforçou Fernández, sem revelar a identidade dos envolvidos.
Fernández acrescentou que, no documento enviado na semana passada pelo governo paraguaio, "estão apenas os presos desaparecidos da nacionalidade uruguaia e que, por isso, é necessário apurar toda esta informação".
Na lista apresentada pela Comissão Investigadora da Câmara de Deputados do Uruguai sobre a situação dos desaparecidos e os fatos que a desencadearam, criada para recuperar a democracia, estão apenas os nomes de Gustavo Edison Inzaurralde e de Nelson Santana Scotto, como desaparecidos no Paraguai.
No meio de dezembro de 1999, o paraguaio Martín Almada, o advogado que trouxe à tona os arquivos do Plano Condor, revelou a existência de um sindicalista uruguaio, sem identificá-lo, que teve uma filha da paraguaia María Rosa Aguirre em cativeiro em 31 de dezembro de 1974.
Aguirre, dirigente estudantil, morreu por falta de assistência depois de meses de tortura e humilhações, depois de ser devolvida a seu país pelas autoridades paraguaias.
No encontro com a imprensa nesta terça-feira, Ramela e Fernández disseram que começaram a chegar as informações pedidas aos Estados Unidos, à Anistia Internacional e, nos últimos dias, 70 novos documentos da Argentina.
Ramela informou que ainda não obteve resposta aos pedidos feitos pela Comissão.
Paraguai envia ao Uruguai documentos sobre desaparecidos
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em Montevidéu
O governo paraguaio enviou para a Comissão para a Paz, criada em agosto de 2000 pelo presidente do Uruguai Jorge Batlle, a documentação sobre o desaparecimento de cidadãos uruguaios durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
A informação foi divulgada hoje em Montevidéu por Carlos Ramela numa coletiva de imprensa. Ramela representa Batlle no grupo que investiga o desaparecimento de uruguaios durante o regime militar no país (1973-1985).
Gonzalo Fernández, coordenador desta Comissão e representante do Encontro Progressista-Frente Ampla (EP-FA), disse que "de uma leitura prévia do volumoso documento pode-se extrair que dois dos três uruguaios desaparecidos no Paraguai foram entregues a militares argentinos".
"Existem recibos da entrega à Argentina destes uruguaios presos no Paraguai", reforçou Fernández, sem revelar a identidade dos envolvidos.
Fernández acrescentou que, no documento enviado na semana passada pelo governo paraguaio, "estão apenas os presos desaparecidos da nacionalidade uruguaia e que, por isso, é necessário apurar toda esta informação".
Na lista apresentada pela Comissão Investigadora da Câmara de Deputados do Uruguai sobre a situação dos desaparecidos e os fatos que a desencadearam, criada para recuperar a democracia, estão apenas os nomes de Gustavo Edison Inzaurralde e de Nelson Santana Scotto, como desaparecidos no Paraguai.
No meio de dezembro de 1999, o paraguaio Martín Almada, o advogado que trouxe à tona os arquivos do Plano Condor, revelou a existência de um sindicalista uruguaio, sem identificá-lo, que teve uma filha da paraguaia María Rosa Aguirre em cativeiro em 31 de dezembro de 1974.
Aguirre, dirigente estudantil, morreu por falta de assistência depois de meses de tortura e humilhações, depois de ser devolvida a seu país pelas autoridades paraguaias.
No encontro com a imprensa nesta terça-feira, Ramela e Fernández disseram que começaram a chegar as informações pedidas aos Estados Unidos, à Anistia Internacional e, nos últimos dias, 70 novos documentos da Argentina.
Ramela informou que ainda não obteve resposta aos pedidos feitos pela Comissão.
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