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20/01/2001
-
12h55
da Reuters
em Washington
Em 1997, Robert foi detido por posse de maconha e levado para o centro de detenção do condado de Clark, em Las Vegas (Costa Oeste dos EUA), onde três homens o violaram no chuveiro.
Agora, 18 meses depois de ser libertado, ele ainda tenta digerir a experiência.
``Tudo acabou em cinco minutos, mas eu carrego aquilo desde então. Aqueles cinco minutos ainda pairam sobre minha vida'', afirmou. Robert não conseguiu retomar uma vida sexual normal com sua mulher, tem frequentes pesadelos e faz terapia de grupo para tentar superar o trauma.
A experiência do norte-americano é bastante comum no sistema carcerário do país, no qual vivem atualmente mais de 2 milhões de pessoas.
Ativistas, vítimas da prática, estudiosos e advogados acreditam que a violência sexual acontece com enorme frequência nas prisões norte-americanas e é quase sempre ignorada ou mesmo encorajada pelas autoridades, constituindo o grande escândalo de desrespeito aos direitos humanos da atualidade no páís.
Timothy Tucker foi detido em 1995 por tentativa de adquirir cocaína e acabou em uma prisão federal da Virgínia (Costa Leste). Tucker, que é homossexual e HIV-positivo, lançou uma campanha por meio de cartas para protestar contra a falta de instalações médicas no local.
``Eles decidiram que eu era uma peste e me colocaram em uma cela com um garoto pervertido. Ele pesava 100 quilos. Eu pesava 63. Ele sabia que eu era HIV-positivo, mas obviamente não se importou com isso. Depois de eu ter sido violado, perguntaram-me se eu tinha aprendido minha lição e me colocaram em outra seção'', contou.
Não há dados confiáveis sobre a incidência de violência sexual nas prisões dos EUA, mas Tom Cahill, que coordena o grupo ``Parem com a Violação de Prisioneiros'', acredita que, em vista da crescente população carcerária e da detenção cada vez mais frequente de jovens em instituições para adultos, o problema pode estar se agravando.
``Poucos casos são relatados por causa do estigma que envolve o crime e porque a expectativa de vida de um delator na prisão é medida em minutos'', disse Cahill.
Violência sexual contra detentos torna-se comum nos EUA
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em Washington
Em 1997, Robert foi detido por posse de maconha e levado para o centro de detenção do condado de Clark, em Las Vegas (Costa Oeste dos EUA), onde três homens o violaram no chuveiro.
Agora, 18 meses depois de ser libertado, ele ainda tenta digerir a experiência.
``Tudo acabou em cinco minutos, mas eu carrego aquilo desde então. Aqueles cinco minutos ainda pairam sobre minha vida'', afirmou. Robert não conseguiu retomar uma vida sexual normal com sua mulher, tem frequentes pesadelos e faz terapia de grupo para tentar superar o trauma.
A experiência do norte-americano é bastante comum no sistema carcerário do país, no qual vivem atualmente mais de 2 milhões de pessoas.
Ativistas, vítimas da prática, estudiosos e advogados acreditam que a violência sexual acontece com enorme frequência nas prisões norte-americanas e é quase sempre ignorada ou mesmo encorajada pelas autoridades, constituindo o grande escândalo de desrespeito aos direitos humanos da atualidade no páís.
Timothy Tucker foi detido em 1995 por tentativa de adquirir cocaína e acabou em uma prisão federal da Virgínia (Costa Leste). Tucker, que é homossexual e HIV-positivo, lançou uma campanha por meio de cartas para protestar contra a falta de instalações médicas no local.
``Eles decidiram que eu era uma peste e me colocaram em uma cela com um garoto pervertido. Ele pesava 100 quilos. Eu pesava 63. Ele sabia que eu era HIV-positivo, mas obviamente não se importou com isso. Depois de eu ter sido violado, perguntaram-me se eu tinha aprendido minha lição e me colocaram em outra seção'', contou.
Não há dados confiáveis sobre a incidência de violência sexual nas prisões dos EUA, mas Tom Cahill, que coordena o grupo ``Parem com a Violação de Prisioneiros'', acredita que, em vista da crescente população carcerária e da detenção cada vez mais frequente de jovens em instituições para adultos, o problema pode estar se agravando.
``Poucos casos são relatados por causa do estigma que envolve o crime e porque a expectativa de vida de um delator na prisão é medida em minutos'', disse Cahill.
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