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22/01/2001
-
21h31
da France Presse
em Washington
O novo presidente dos EUA, George W Bush realizou um primeiro gesto favorável aos norte-americanos conservadores quando anunciou hoje o corte de toda assistência financiera aos programas de apoio ao aborto no exterior.
Bush aproveitou o primeiro dia de trabalho na Casa Branca para restabelecer uma medida instaurada pelo presidente republicano Ronald Reagan em 1984, mantida por seu sucessor, George Bush e modificada por Clinton.
O republicano anulou o decreto de Clinton que autorizava o desembolso de US$ 430 milhões por ano para apoiar instituições pró-aborto em países periféricos, como uma forma de controlar a natalidade.
Bush também fez uma declaração de apoio aos milhares de manifestantes contra o aborto que se reuniram hoje no centro de Washington.
"As promessas de nossa Declaração de Independência não só para gente poderosa, independente (...). São para todos, incluindo crianças que ainda não nasceram", garantiu.
Os manifestantes, vindos de todas as partes dos Estados Unidos para participar dessa "marcha pela vida", recordaram assim o 28° aniversário da decisão da Corte Suprema que legalizou o aborto.
Em 73, a mais alta instancia judicial norte-americana consagrou, com a decisão "Roe vs Wade" o direito constitucional das mulheres abortarem, invalidando uma lei do Texas que proibia a interrupção da gravidez.
As organizações feministas expressaram preocupação com o possível endurecimento da legislação sobre abortos.
As feministas temem que John Ashcroft, ultraconservador ligado a direita cristã, chegue ao posto de Promotor Geral.
"Temo que estejamos ingressando num período complicado no qual teremos que lutar", afirmou hoje Betty Friedan, considerada "a mãe das feministas norte-americanas".
Democratas e republicanos são profundamente divididos quanto ao aborto, apesar de o tema não ter constituído um aspecto importante da campanha eleitoral.
Há 28 anos o aborto gera opiniões diversas, até mais quando Bush mostra que pretende nomear novos juízes mais conservadores para Suprema Corte.
Bush quer "instaurar uma cultura de vida, encontrar uma forma de tornar o aborto menos comum em nosso país, fazer que seja raro", declarou Karl Rove, conselheiro do presidente à TV NBC.
"Acredito que as feministas manterão olho vivo sobre Bush", avaliou para a professora Rita Simon, especialista em movimentos feministas americanos.
Para Simon, Bush é consciente de que a maioria dos norte-americanos é favorável ao aborto. Seu governo deve portanto se limitar a uma leitura mais conservadora da lei.
Nos Estados Unidos são realizados aproximadamente 1,1 milhões de abortos anualmente.
Leia mais no especial Governo Bush
Bush acena para os conservadores com medidas contra o aborto
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em Washington
O novo presidente dos EUA, George W Bush realizou um primeiro gesto favorável aos norte-americanos conservadores quando anunciou hoje o corte de toda assistência financiera aos programas de apoio ao aborto no exterior.
Bush aproveitou o primeiro dia de trabalho na Casa Branca para restabelecer uma medida instaurada pelo presidente republicano Ronald Reagan em 1984, mantida por seu sucessor, George Bush e modificada por Clinton.
O republicano anulou o decreto de Clinton que autorizava o desembolso de US$ 430 milhões por ano para apoiar instituições pró-aborto em países periféricos, como uma forma de controlar a natalidade.
Bush também fez uma declaração de apoio aos milhares de manifestantes contra o aborto que se reuniram hoje no centro de Washington.
"As promessas de nossa Declaração de Independência não só para gente poderosa, independente (...). São para todos, incluindo crianças que ainda não nasceram", garantiu.
Os manifestantes, vindos de todas as partes dos Estados Unidos para participar dessa "marcha pela vida", recordaram assim o 28° aniversário da decisão da Corte Suprema que legalizou o aborto.
Em 73, a mais alta instancia judicial norte-americana consagrou, com a decisão "Roe vs Wade" o direito constitucional das mulheres abortarem, invalidando uma lei do Texas que proibia a interrupção da gravidez.
As organizações feministas expressaram preocupação com o possível endurecimento da legislação sobre abortos.
As feministas temem que John Ashcroft, ultraconservador ligado a direita cristã, chegue ao posto de Promotor Geral.
"Temo que estejamos ingressando num período complicado no qual teremos que lutar", afirmou hoje Betty Friedan, considerada "a mãe das feministas norte-americanas".
Democratas e republicanos são profundamente divididos quanto ao aborto, apesar de o tema não ter constituído um aspecto importante da campanha eleitoral.
Há 28 anos o aborto gera opiniões diversas, até mais quando Bush mostra que pretende nomear novos juízes mais conservadores para Suprema Corte.
Bush quer "instaurar uma cultura de vida, encontrar uma forma de tornar o aborto menos comum em nosso país, fazer que seja raro", declarou Karl Rove, conselheiro do presidente à TV NBC.
"Acredito que as feministas manterão olho vivo sobre Bush", avaliou para a professora Rita Simon, especialista em movimentos feministas americanos.
Para Simon, Bush é consciente de que a maioria dos norte-americanos é favorável ao aborto. Seu governo deve portanto se limitar a uma leitura mais conservadora da lei.
Nos Estados Unidos são realizados aproximadamente 1,1 milhões de abortos anualmente.
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