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02/02/2001
-
23h23
da Deutsche Welle
na Alemanha
Já está sendo extraditado para a França a figura-chave do escândalo de propinas do Elf-Aquitaine, Alfred Sirven, de 74 anos de idade. O ex-diretor do grupo francês petrolífero foi embarcado, em companhia de policiais filipinos e franceses, em um vôo da Lufhansa com destino a Frankfurt, poucas horas depois de sua prisão hoje cedo, em seu apartamento perto de Manila, nas Filipinas. De Frankfurt, ele será transportado para Paris.
O ex-top-manager do Elf fugiu, em 1997, com milhões de dólares dos cofres públicos franceses e vinha sendo procurado em todo o mundo com quatro mandados de prisão.
A prisão de Sirven significa uma virada no processo contra o ex-ministro francês do Exterior, Roland Dumas, e outros sete réus, incluindo ele próprio.
O julgamento já foi interrompido por tempo indeterminado hoje, após sua captura. Agora, Sirven poderá ajudar a esclarecer também o escândalo da privatização da refinaria Leuna, da antiga República Democrática Alemã (RDA), no início dos anos 90. No negócio da Alemanha unificada com o Elf-Equitaine fluíram propinas de milhões de dólares.
De 1989 a 1993, Sirven foi diretor-geral do então grupo estatal Elf-Equitaine e, segundo a Justiça francesa, montou um sistema gigantesco de propina.
Por meio de contas na Suíça, ele teria distribuido propinas de bilhões de francos a centenas de pessoas em vários países. Foi também ele que empregou no conglomerado, em 1989, a então amante de Dumas, Christine Deviers-Joncour, que recebeu do grupo petrolífero quase 65 milhões de francos (US$ 9,225 milhões).
Helmut Kohl
No venda da refinaria alemã Leuna ao Elf-Equitaine, efetuada pelo então chanceler federal alemão Helmut Kohl e o presidente francês François Miterrand, o lobista Pierre Lethier recebeu 96 milhões de francos do grupo francês. Outros 160 milhões (US 22 milhões, aproximadamente)foram para o empresário alemão Dieter Holzer.
Existem especulações de que fluiu muito dinheiro para a União Democrata-Cristã (CDU), o partido de Kohl. O ex-chanceler e Lethier desmentiram. Agora Sirven poderá contar no tribunal o que realmente aconteceu com o dinheiro que dera sumiço.
Figura-chave no processo contra Dumas é extraditado
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France Presse Alfred Sirven, após ser preso em Manila |
da Deutsche Welle
na Alemanha
Já está sendo extraditado para a França a figura-chave do escândalo de propinas do Elf-Aquitaine, Alfred Sirven, de 74 anos de idade. O ex-diretor do grupo francês petrolífero foi embarcado, em companhia de policiais filipinos e franceses, em um vôo da Lufhansa com destino a Frankfurt, poucas horas depois de sua prisão hoje cedo, em seu apartamento perto de Manila, nas Filipinas. De Frankfurt, ele será transportado para Paris.
O ex-top-manager do Elf fugiu, em 1997, com milhões de dólares dos cofres públicos franceses e vinha sendo procurado em todo o mundo com quatro mandados de prisão.
A prisão de Sirven significa uma virada no processo contra o ex-ministro francês do Exterior, Roland Dumas, e outros sete réus, incluindo ele próprio.
O julgamento já foi interrompido por tempo indeterminado hoje, após sua captura. Agora, Sirven poderá ajudar a esclarecer também o escândalo da privatização da refinaria Leuna, da antiga República Democrática Alemã (RDA), no início dos anos 90. No negócio da Alemanha unificada com o Elf-Equitaine fluíram propinas de milhões de dólares.
De 1989 a 1993, Sirven foi diretor-geral do então grupo estatal Elf-Equitaine e, segundo a Justiça francesa, montou um sistema gigantesco de propina.
Por meio de contas na Suíça, ele teria distribuido propinas de bilhões de francos a centenas de pessoas em vários países. Foi também ele que empregou no conglomerado, em 1989, a então amante de Dumas, Christine Deviers-Joncour, que recebeu do grupo petrolífero quase 65 milhões de francos (US$ 9,225 milhões).
Helmut Kohl
No venda da refinaria alemã Leuna ao Elf-Equitaine, efetuada pelo então chanceler federal alemão Helmut Kohl e o presidente francês François Miterrand, o lobista Pierre Lethier recebeu 96 milhões de francos do grupo francês. Outros 160 milhões (US 22 milhões, aproximadamente)foram para o empresário alemão Dieter Holzer.
Existem especulações de que fluiu muito dinheiro para a União Democrata-Cristã (CDU), o partido de Kohl. O ex-chanceler e Lethier desmentiram. Agora Sirven poderá contar no tribunal o que realmente aconteceu com o dinheiro que dera sumiço.
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