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05/02/2001 - 12h35

Justiça alemã prepara extradição de Sirven para Paris

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da Deutsche Welle
na Alemanha

A Justiça alemã está preparando hoje, em Frankfurt, o repatriamento do ex-diretor do grupo francês Elf-Equitaine, Alfred Sirven, de 74 anos, figura-chave no processo contra o ex-ministro francês do Exterior, Roland Dumas.

Ele deverá ser entregue ainda hoje às autoridades francesas, admitiu a Procuradoria-Geral da República da Alemanha. A prisão de Sirven pela polícia alemã de fronteira, sexta-feira (2), quando chegou no aeroporto de Frankfurt, procedente das Filipinas, após sua captura no mesmo dia perto de Manila, gerou irritações de todos os lados na França.

France Presse - 02.fev.2001
Alfred Sirven, durante sua prisão nas Filipinas
Até o advogado do ex-ministro Dumas, Jean-René Farthouat, se chateou e exigiu a transferência imediata do preso para Paris. As autoridades criticaram a prisão ordenada pelo ministro alemão do Interior, Otto Schilly. A oposição, por sua vaz, criticou o governo porque três dias depois de preso Sirven ainda não está nas mãos da Justiça francesa.

O "ex-top-manager" do Elf-Equitaibe fugiu, em 1997, com milhões de dólares dos cofres públicos franceses e vinha sendo procurado em todo o mundo com quatro mandados de prisão. Sua captura agora poderá significar uma virada no processo contra o ex-ministro Dumas e outros sete réus, incluindo ele próprio. O julgamento já foi interrompido sexta-feira por tempo indeterminado.

De 1989 a 1993, Sirven foi diretor-geral do então grupo estatal Elf-Equitaine e, segundo a Justiça francesa, montou um sistema gigantesco de propina. Por emio de contas na Suíça, ele teria distribuído propinas de bilhões de francos a centenas de pessoas em vários países.

Foi também ele que empregou no conglomerado, em 1989, a então amante de Dumas, Christine Deviers-Joncour, que recebeu do grupo petrolífero quase 65 milhões de francos (US$ 9,225 milhões).

Helmut Kohl

Na venda da refinaria alemã Leuna ao Elf-Equitaine, efetuada pelo então chanceler federal alemão Helmut Kohl e o presidente francês François Miterrand, o lobista Pierre Lethier recebeu 96 milhões (US$ 13,6 milhões, aproximadamente)de francos do grupo francês. Outros 160 milhões (US$ 22,7 milhões, aproximadamente) foram para o empresário alemão Dieter Holzer.

Existem especulações de que fluiu muito dinheiro para a União Democrata-Cristã (CDU), o partido de Kohl. O ex-chanceler e Lethier desmentiram. Agora Sirven poderá contar no tribunal o que realmente aconteceu com o dinheiro que dera sumiço.
 

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