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07/02/2001
-
12h36
da France Presse
em Amã
As altas autoridades jordanianas estão na expectativa das medidas a serem adotadas pelo primeiro-ministro eleito israelense Ariel Sharon e hoje tentam principalmente acalmar os temores de seus compatriotas.
O governo jordaniano optou pela prudência, limitando-se a comentar os resultados das eleições em Israel.
"Não ignoramos o perigo que Ariel Sharon representa para a região, mas é uma realidade com que teremos de lidar", disse hoje um dirigente jordaniano.
O dirigente destacou que a Jordânia "espera para ver quais serão aos ações do novo governo israelense em relação à paz".
"Um governo de união nacional pode matizar as posições extremistas de Sharon", acrescentou o dirigente, que pediu para manter o anonimato.
Ontem à tarde, o ministro jordaniano de Relações Exteriores, Abdel Ilah Jatib, dissse que seu país "julgará a ação do governo de Ariel Sharon segundo seu compromisso com a paz e suas atitudes para torná-la realidade".
Por outra parte, o ministro estimou que "o verdadeiro desafio a que serão confrontados a região e seus povos e a realização de uma paz justa e duradoura".
Entretanto, os jordanianos não escondem suas apreensões e a imprensa pediu hoje a Ariel Sharon que respeite a soberania do reino, em virtude do tratado de paz concluído em 1994 entre os dois países.
Durante sua campanha eleitoral, Sharon atiçou o fogo, anunciando que o presidente palestino Iasser Arafat poderia derrubar o rei Abdullah 2º da Jordânia para estabelecer nesse país um Estado palestino.
Esta declaração de um homem que no passado disse várias vezes que considerava a Jordânia como um Estado de substituição possível para os palestinos, suscitou a indignação geral.
Para dar segurança a seu povo, pouco antes da vitória de Sharon, o rei Abdullah 2º afirmou que seu país não seria afetado pela eleição para o cargo de primeiro-ministro de Israel.
De qualquer modo, o monarca reconheceu que "alguns têm medo", em seu país, ante a evolução em Israel.
Os analistas políticos jordanianos acham que a chegada de Sharon ao poder "reforçará o campo antiisraelense" na Jordânia.
"O governo deverá encontrar um equilíbrio que lhe permita manter relações com Israel pa preservar seus interesses econômicos e de abastecimento de água, ao mesmo tempo em que mantenha distância desse país para atender a seu povo", disse um diplomata ocidental.
Os adeptos do campo da paz na Jordânia destacam que o tratado firmado entre o reino e Israel continua sendo um grande avanço: "este tratado anulou a opção de Jordânia Estado palestino, porque implica um reconhecimento mútuo de Israel e da Jordânia e de fronteiras bem definidas", destacou um dirigente jordaniano que fez parte da equipe de negociadores com Israel.
Jordanianos tentam manter a calma após eleição de Sharon
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em Amã
As altas autoridades jordanianas estão na expectativa das medidas a serem adotadas pelo primeiro-ministro eleito israelense Ariel Sharon e hoje tentam principalmente acalmar os temores de seus compatriotas.
O governo jordaniano optou pela prudência, limitando-se a comentar os resultados das eleições em Israel.
"Não ignoramos o perigo que Ariel Sharon representa para a região, mas é uma realidade com que teremos de lidar", disse hoje um dirigente jordaniano.
O dirigente destacou que a Jordânia "espera para ver quais serão aos ações do novo governo israelense em relação à paz".
"Um governo de união nacional pode matizar as posições extremistas de Sharon", acrescentou o dirigente, que pediu para manter o anonimato.
Ontem à tarde, o ministro jordaniano de Relações Exteriores, Abdel Ilah Jatib, dissse que seu país "julgará a ação do governo de Ariel Sharon segundo seu compromisso com a paz e suas atitudes para torná-la realidade".
Por outra parte, o ministro estimou que "o verdadeiro desafio a que serão confrontados a região e seus povos e a realização de uma paz justa e duradoura".
Entretanto, os jordanianos não escondem suas apreensões e a imprensa pediu hoje a Ariel Sharon que respeite a soberania do reino, em virtude do tratado de paz concluído em 1994 entre os dois países.
Durante sua campanha eleitoral, Sharon atiçou o fogo, anunciando que o presidente palestino Iasser Arafat poderia derrubar o rei Abdullah 2º da Jordânia para estabelecer nesse país um Estado palestino.
Esta declaração de um homem que no passado disse várias vezes que considerava a Jordânia como um Estado de substituição possível para os palestinos, suscitou a indignação geral.
Para dar segurança a seu povo, pouco antes da vitória de Sharon, o rei Abdullah 2º afirmou que seu país não seria afetado pela eleição para o cargo de primeiro-ministro de Israel.
De qualquer modo, o monarca reconheceu que "alguns têm medo", em seu país, ante a evolução em Israel.
Os analistas políticos jordanianos acham que a chegada de Sharon ao poder "reforçará o campo antiisraelense" na Jordânia.
"O governo deverá encontrar um equilíbrio que lhe permita manter relações com Israel pa preservar seus interesses econômicos e de abastecimento de água, ao mesmo tempo em que mantenha distância desse país para atender a seu povo", disse um diplomata ocidental.
Os adeptos do campo da paz na Jordânia destacam que o tratado firmado entre o reino e Israel continua sendo um grande avanço: "este tratado anulou a opção de Jordânia Estado palestino, porque implica um reconhecimento mútuo de Israel e da Jordânia e de fronteiras bem definidas", destacou um dirigente jordaniano que fez parte da equipe de negociadores com Israel.
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