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08/02/2001 - 14h06

Helmut Kohl pode escapar de processo pagando multa

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da Deutsche Welle
na Alemanha

O ex-chanceler federal da Alemanha, Helmut Kohl, deverá escapar do escândalo do caixa dois do seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU) sem antecedente penal. A Promotoria Pública de Bonn quer arquivar o inquérito contra ele em troca de uma multa de 300 mil marcos, equivalentes a US$ 141,5 mil.

Kohl confessou o depósito de dois milhões de marcos de doações anônimas em contas secretas na Suíça e continua se negando a revelar os nomes dos doadores.

A aprovação da multa pelo Tribunal Regional de Bonn é tida como certa. Neste caso, Kohl perderá o direito de se recusar a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito, em Berlim, que apura se o seu governo tomou decisões políticas influenciado por doações ilegais à CDU, quando chefiava o partido e o governo.

O presidente da CPI, Volker Neumann, anunciou que vai convocar novamente o ex-chefe de governo.

O Partido Social Democrático (SPD) e o Verde, que dominam a CPI, querem que Kohl revele, finalmente, os nomes dos doadores dos dois milhões de marcos que depositara na Suíça, entre 1993 e 1998.

Por causa das irregularidades administrativas durante a gestão de Kohl, a CDU enfrentou a pior crise de sua história do pós-guerra. O próprio Kohl viu-se obrigado a renunciar à presidência de honra do partido.

O presidente de fato, Wolfgang Schöuble também renunciou, porque não soube enfrentar a crise e comprometeu-se pessoalmente no escândalo, confessando ter recebido 100 mil marcos, em dinheiro vivo dentro de uma mala, do lobista de armas Karlheinz Schreiber.

O partido não sofreu, porém, grandes danos financeiros, pois o Tribunal Administrativo de Berlim suspendeu as multas superiores a 41 milhões de marcos (US$ 19.559.870), aplicadas pelo presidente do Parlamento, Wolfgang Thierse.

Sonegação
Outra peça-chave no escândalo da CDU, o seu ex-tesoureiro Walther Leisler Kiep, foi condenado hoje, pelo Tribunal Regional de Augsburg, a pagar uma multa de 45 mil marcos, por causa de sonegação de imposto.

Ele confessou não ter mencionado em sua declaração de imposto de renda de 1991 um rendimento de quase 9 mil marcos que ganhara de juros uma fundação na Suíça.
 

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