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08/02/2001 - 19h21

Comissária da ONU pede para EUA combater discriminação racial

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da Reuters
em Washington

A comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para Direitos Humanos, Mary Robinson, exortou os Estados Unidos a adotar medidas para combater a discriminação racial a suspeitos de crimes no país como forma de se preparar para uma conferência mundial sobre racismo a ser realizada no fim deste ano.

Robinson falou com repórteres em Washington antes de manter suas primeiras reuniões com o Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, e com a Assessora de Segurança Nacional, Condoleezza Rice.

Ela disse estar ansiosa para ver se o governo Bush continuará com a política da gestão Clinton de apoio à promoção dos direitos humanos.

Robinson reconheceu que a conferência sobre o racismo não será fácil devido a sua agenda explosiva, incluindo conflitos étnicos na África, relações raciais nos EUA, violência a estrangeiros na Europa e discriminação de povos indígenas.

O evento está marcado para a semana de 31 de agosto a 7 de setembro em Durban, África do Sul, e seu objetivo é fazer com que os Estados membros da ONU redijam um ``texto legal'' condenando o racismo e se comprometendo a agir contra ele. Mas Robinson diz esperar que a conferência não se transforme em uma troca de acusações entre países.

``Eu acho que a real questão nesta conferência mundial é fazer com que cada país melhore sua capacidade... de ter legislações que combatam o racismo, que se oponham à discriminação e que ofereçam soluções.''

Robinson disse que pretendia pedir a Powell que os EUA tratassem da imigração e da discriminação dos suspeitos de crimes no país, definidas por ela como ``difíceis questões que precisam ser examinadas''.

No entanto ela foi cautelosa em equilibrar seus comentários com elogios à tradição do país de combater suas divisões. ``Há uma grande experiência neste país. Sim, há problemas mas há também uma experiência muito significativa em discutir esses problemas.''

Discriminação racial a suspeitos de crimes _a prática de deter ou prender suspeitos especificamente por causa de sua cor de pele ou identidade étnica_ tem se tornado uma questão política e legal delicada nos EUA.

Muitos países europeus criticam os EUA por permitirem a aplicação da pena de morte. A esmagadora maioria das pessoas no corredor da morte são negros.

Robinson disse que pediria a Powell e Rice para apoiar o aumento de verbas para a conferência. Ela levantou US$ 6 milhões em contribuições voluntárias e precisa de mais US$ 1,38 milhão. A gestão Clinton forneceu cerca de US$ 170 mil em 2000 e Robinson esperava convencer a gestão Bush de ceder uma quantia maior este ano.

Além disso, ela disse que gostaria que Washington aumentasse sua já considerável ajuda aos trabalhos cotidianos de seu departamento, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.
 

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