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14/02/2001
-
11h53
da France Presse, em Montpellier (França)
José Bové, o líder sindical francês e um dos mais ferrenhos participantes do movimento antiglobalização _e que recentemente marcou presença no Foro Social Mundial, realizado no Rio Grande do Sul_, comparecerá amanhã e sexta-feira (16) novamente à Justiça por sua participação na depredação de uma lanchonete da cadeia McDonald's, em agosto de 1999.
O processo, que transcorrerá em Montpellier (sul da França), tem com objetivo resolver o recurso apresentado pela defesa. Em primeira instância, em setembro de 2000, o tribunal correcional de Millau (sul) o condenou a três meses de prisão sem sursis.
Outros nove membros ou simpatizantes da Confederação Camponesa, sindicato do qual Bové é co-fundador, condenados a penas que vão dos dois meses de prisão, sem cumprimento, a US$ 285 em multas, também recorreram por solidariedade.
O tribunal classificou José Bové de "instigador e coordenador dos danos" contra o McDonald's e seus cúmplices como "simples agentes executores". A ação transcorreu durante a manifestação de 300 produtores de leite de ovelha contra "as sanções alfandegárias impostas pelos Estados Unidos depois da recusa da França em aceitar a importação de carne ovina americana com hormônios".
O tribunal foi além do pedido do promotor, que requisitou dez meses para Bové, dos quais só teria cumprido um.
Além disso, José Bové terá de responder sexta-feira (16) para o tribunal de apelação de Montpellier sobre o seqüestro de três funcionários durante protesto contra a reforma da política agrícola comum européia.
Os dois processos acontecem uma semana depois do comparecimento de Bové e outros dois membros da Confederação Camponesa nos tribunais de Montpellier pela destruição de plantações de arroz transgênicos em junho de 1999. O promotor exigiu, em 9 de janeiro passado, três meses de prisão sem sursis. O veredicto está previsto para o próximo dia 15 de março.
Em cada um de seus comparecimentos, José Bové aproveita para atacar o processo de globalização. Nos próximos dois dias ele deverá reiterar que o ataque ao McDonald's foi uma "ação sindical legítima e pacífica", que constituía o "único recurso possível" dos produtores franceses frente às decisões de Washington.
Seus advogados apresentarão o argumento jurídico de "estado de necessidade".
A Confederação Camponesa quer transformar o processo dos dias 15 e 16 de fevereiro em uma nova "convocação cidadã" parecida com a de Millau que, em junho de 1999, reuniu 50 mil pessoas nesse pequeno povoado ao Sul da França.
Espera-se que 20 mil pessoas atendam ao chamado, que será marcado por um verdadeiro carnaval contra a globalização pelas ruas de Montpellier, no qual não faltarão fantasias e carroças enfeitadas.
Nos dias 8 e 9 de fevereiro, durante o processo por causa da destruição do arroz transgênico, era esperada a participação de 5.000 pessoas. Ao final, apenas mil manifestantes responderam à convocação.
Bové terá de enfrentar novamente a Justiça francesa amanhã
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José Bové, o líder sindical francês e um dos mais ferrenhos participantes do movimento antiglobalização _e que recentemente marcou presença no Foro Social Mundial, realizado no Rio Grande do Sul_, comparecerá amanhã e sexta-feira (16) novamente à Justiça por sua participação na depredação de uma lanchonete da cadeia McDonald's, em agosto de 1999.
O processo, que transcorrerá em Montpellier (sul da França), tem com objetivo resolver o recurso apresentado pela defesa. Em primeira instância, em setembro de 2000, o tribunal correcional de Millau (sul) o condenou a três meses de prisão sem sursis.
Outros nove membros ou simpatizantes da Confederação Camponesa, sindicato do qual Bové é co-fundador, condenados a penas que vão dos dois meses de prisão, sem cumprimento, a US$ 285 em multas, também recorreram por solidariedade.
O tribunal classificou José Bové de "instigador e coordenador dos danos" contra o McDonald's e seus cúmplices como "simples agentes executores". A ação transcorreu durante a manifestação de 300 produtores de leite de ovelha contra "as sanções alfandegárias impostas pelos Estados Unidos depois da recusa da França em aceitar a importação de carne ovina americana com hormônios".
O tribunal foi além do pedido do promotor, que requisitou dez meses para Bové, dos quais só teria cumprido um.
Além disso, José Bové terá de responder sexta-feira (16) para o tribunal de apelação de Montpellier sobre o seqüestro de três funcionários durante protesto contra a reforma da política agrícola comum européia.
Os dois processos acontecem uma semana depois do comparecimento de Bové e outros dois membros da Confederação Camponesa nos tribunais de Montpellier pela destruição de plantações de arroz transgênicos em junho de 1999. O promotor exigiu, em 9 de janeiro passado, três meses de prisão sem sursis. O veredicto está previsto para o próximo dia 15 de março.
Em cada um de seus comparecimentos, José Bové aproveita para atacar o processo de globalização. Nos próximos dois dias ele deverá reiterar que o ataque ao McDonald's foi uma "ação sindical legítima e pacífica", que constituía o "único recurso possível" dos produtores franceses frente às decisões de Washington.
Seus advogados apresentarão o argumento jurídico de "estado de necessidade".
A Confederação Camponesa quer transformar o processo dos dias 15 e 16 de fevereiro em uma nova "convocação cidadã" parecida com a de Millau que, em junho de 1999, reuniu 50 mil pessoas nesse pequeno povoado ao Sul da França.
Espera-se que 20 mil pessoas atendam ao chamado, que será marcado por um verdadeiro carnaval contra a globalização pelas ruas de Montpellier, no qual não faltarão fantasias e carroças enfeitadas.
Nos dias 8 e 9 de fevereiro, durante o processo por causa da destruição do arroz transgênico, era esperada a participação de 5.000 pessoas. Ao final, apenas mil manifestantes responderam à convocação.
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