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14/06/2000 - 12h38

Neonazistas matam moçambicano na Alemanha

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da Deutsche Welle
na Alemanha

O racismo e a xenofobia fez mais uma vítima fatal na região da ex-Alemanha Oriental comunista. Um moçambicano de 39 anos de idade morreu nesta quarta-feira (14), em Dessau, na Saxônia-Anhalt, três dias depois de ser espancado por três neonazistas.

Os agressores, de 16, 17 e 25 anos de idade, foram presos perto do local do crime e confessaram que o motivo foi "ódio a estrangeiros". Eles continuaram pisoteando sua vítima mesmo depois que ela perdera os sentidos. Os policiais se disseram chocados com a brutalidade.

O secretário do Interior, Manfred Püchel, disse que o homicídio premeditado do moçambicano é um exemplo triste do que a mentalidade xenófoba é capaz. "Uma pessoa ser espancada até a morte, só por causa de sua cor, testemunha um embrutecimento inacreditável", disse chocado o político do PSD (Partido Social Democrático). A vítima é negra e residia na Alemanha desde 1980.

Desde a reunificação das duas Alemanhas, dez anos atrás, que crimes contra estrangeiros na região da ex-RDA chocam a Alemanha unificada com frequência. Nos chamados novos Estados alemães vivem 21% da população e são cometidos 50% dos delitos por motivos xenófobos, racistas e anti-semitas.

O caso de hoje é o oitavo, no leste do país, que chocou e escandalizou a nação após a unidade alemã. O primeiro foi em novembro de 1990: skinheads atacaram africanos numa boate, em Eberwalde, no Estado de Brandemburgo, matando um angolano de 28 anos de idade.

Em agosto de 1991, jovens extremistas de direita e vizinhos atacaram um alojamento de refugiados, inclusive com coquetéis Molotov, expulsando vários estrangeiros. Em maio de 84, skinheads fizeram uma verdadeira caça contra um africano no centro de Magdeburgo, durante horas. A polícia e a população observaram impotentes.

Em setembro de 1998, um moçambicano de 31 anos de idade foi espancado com um bastão de basebol, em Halle. No ano seguinte, skinheads fizeram outra caça humana, em Guben. Fugindo da perseguição, um requerente de asilo da Argélia feriu-se numa porta de vidro que quebrara no desespero de encontrar abrigo e sangrou até morrer. Seu túmulo já foi profanado várias vezes.

Em agosto do ano passado, jovens neonazistas bateram em dois vietnamitas numa festa popular. As vítimas ficaram deformadas e foram submetidas a várias operações.

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