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19/02/2001
-
12h38
da France Presse, Frejus (França)
Os 900 náufragos curdos do barco "East Sea", que encalhou no sábado (16) no sul da França, pediram para ser acolhidos em algum país da Europa ocidental, afirmou à AFP nesta segunda-feira o governador do Departamento do Var.
O governo francês recebeu hoje o pedido dos refugiados que desejam permanecer na Europa, o que pode abrir um precedente arriscado, segundo as autoridades.
O drama destas pessoas figura na primeira página dos jornais parisienses que se perguntavam hoje sobre o que fazer destes curdos de origem incerta. Hoje, um porta-voz dos curdos, instalados em um acampamento do exército francês próximo da cidade de Frejus, entregou o pedido, que considera urgente, de obter a condição de refugiado político.
"Querem a condição de refugiados políticos e querem que isto aconteça rápido", disse Cewan Mamo, tradutor do porta-voz dos refugiados do barco que encalhou na Côte d'Azur no sábado (16).
Conscientes de que sua estadia no acampamento de trânstio poderia se prolongar, os refugiados também pediram melhores condições, comida variada e assistência médica.
Para fazer as reivindicações, realizaram reunião no acampamento durante 45 minutos. Sua travessia de uma semana no mar Mediterrâno, a bordo de um velho cargueiro com péssimas condições sanitárias, foi detalhado pela imprensa e comoveu a opinião pública francesa.
Antes, o representante do estado na região já tinha afirmado que nas primeiras entrevistas os curdos manifestaram interesse em ficar na França. O governador da região de Var, Daniel Canepa, ressaltou que a França estava sensibilizada porque era o primeiro país da zona Schengen que os náufragos haviam tocado.
Canepa disse que as entrevistas no acampamento de Frejus devem permitir saber se os imigrantes clandestinos podem aspirar ao asilo político. Um dos critérios para a concessão é o perigo do refugiado ter que voltar ao seu país de origem.
"É uma dor de cabeça para as autoridades", escreveu nesta segunda-feira o jornal Liberation, que publicou o seguinte título "Os boat people estão entre nós", perguntando depois: "o que fazer dos refugiados na Côte d'Azur".
O mesmo veículo respondeu: Conceder-lhes o asilo pedido é acrescentar um toque de generosidade à pura e simples necessidade".
Náufragos curdos querem ficar na Europa Ocidental
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Os 900 náufragos curdos do barco "East Sea", que encalhou no sábado (16) no sul da França, pediram para ser acolhidos em algum país da Europa ocidental, afirmou à AFP nesta segunda-feira o governador do Departamento do Var.
O governo francês recebeu hoje o pedido dos refugiados que desejam permanecer na Europa, o que pode abrir um precedente arriscado, segundo as autoridades.
O drama destas pessoas figura na primeira página dos jornais parisienses que se perguntavam hoje sobre o que fazer destes curdos de origem incerta. Hoje, um porta-voz dos curdos, instalados em um acampamento do exército francês próximo da cidade de Frejus, entregou o pedido, que considera urgente, de obter a condição de refugiado político.
"Querem a condição de refugiados políticos e querem que isto aconteça rápido", disse Cewan Mamo, tradutor do porta-voz dos refugiados do barco que encalhou na Côte d'Azur no sábado (16).
Conscientes de que sua estadia no acampamento de trânstio poderia se prolongar, os refugiados também pediram melhores condições, comida variada e assistência médica.
Para fazer as reivindicações, realizaram reunião no acampamento durante 45 minutos. Sua travessia de uma semana no mar Mediterrâno, a bordo de um velho cargueiro com péssimas condições sanitárias, foi detalhado pela imprensa e comoveu a opinião pública francesa.
Antes, o representante do estado na região já tinha afirmado que nas primeiras entrevistas os curdos manifestaram interesse em ficar na França. O governador da região de Var, Daniel Canepa, ressaltou que a França estava sensibilizada porque era o primeiro país da zona Schengen que os náufragos haviam tocado.
Canepa disse que as entrevistas no acampamento de Frejus devem permitir saber se os imigrantes clandestinos podem aspirar ao asilo político. Um dos critérios para a concessão é o perigo do refugiado ter que voltar ao seu país de origem.
"É uma dor de cabeça para as autoridades", escreveu nesta segunda-feira o jornal Liberation, que publicou o seguinte título "Os boat people estão entre nós", perguntando depois: "o que fazer dos refugiados na Côte d'Azur".
O mesmo veículo respondeu: Conceder-lhes o asilo pedido é acrescentar um toque de generosidade à pura e simples necessidade".
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