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20/02/2001 - 11h34

Tráfico humano da Ásia para a Europa é o 3º negócio mais rentável

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da Deutsche Welle, na Alemanha

O comércio com imigrantes ilegais da Ásia para a Europa é um dos negócios mais lucrativos do crime organizado. O contrabando de mulheres e meninas asiáticas é a terceira maior fonte de renda do sindicato do crime da Ásia, depois do narcotráfico e do comércio de armas, informou o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, em uma conferência da polícia internacional hoje, em Bangcoc.

Os preços cobrados pelos bandos para introduzir um imigrante ilegal nos países-membros da UE (União Européia) variam de US$ 1.000 a US$ 50 mil. Meio milhão de mulheres e crianças são introduzidas ilegalmente por ano na Europa.

Começou hoje, simultaneamente, na capital da Nigéria, Abuja, uma conferência de 20 países africanos, com a meta de evitar o tráfico humano.

"Os africanos são as vítimas mais freqüentes dessa escravidão moderna", disse o presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, na abertura do encontro. Mulheres e meninas constituem a maior parte das vítimas em todo o mundo, segundo ele.

Uma ativista dos direitos humanos nigeriana esclareceu que o comércio de mulheres está florescendo em seu país. A venda de mulheres para a prostituição já faz parte do comércio cotidiano na Nigéria, que, do ponto de vista ocidental, é um dos mercados de escravas mais populares da África.

O dirigente da Interpol, Noble, também qualificou o contrabando de pessoas como uma das piores violações dos direitos humanos. Ele exortou nações, governos e polícias a fazerem tudo para combater esse comércio moderno de escravos. Advertiu, ao mesmo tempo, para a crescente propagação de drogas sintéticas usadas em festas, como a êxtase.

O debate sobre tráfico de pessoas reacendeu na União Européia, no último fim de semana, com a chegada de 910 curdos em um barco na França e mais 200 africanos ontem na Espanha.

Os ministros do Interior e da Justiça da UE decidiram, em sua última conferência, no início do mês, em Estocolmo, harmonizar as leis sobre asilo político dos 15 países comunitários. Mas encerraram o encontro de dois dias sem acordo sobre um pacote de medidas para combate a imigração ilegal
 

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