Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/02/2001 - 11h22

Atentado na Espanha foi contra vereador do País Basco

Publicidade

da France Presse, em San Sebastián

Um atentado com carro-bomba contra um vereador socialista, atribuído à organização separatista basca ETA (Pátria Basca e Liberdade), causou hoje duas mortes e deixou cinco feridos em San Sebastian (País Basco, Norte), dois dias depois do anúncio das eleições regionais antecipadas no País Basco.

Angel Santos Larrañaga e Josu Leones Azkona, dois funcionários da empresa de material elétrico Elektra, ficaram gravemente feridos e morreram pouco depois, segundo um porta-voz do hospital Nossa Senhora de Aranzazu de San Sebastian, onde foram internadas as vítimas do atentado.

O carro-bomba explodiu no momento em que um vereador da localidade basca Ordizia, Ignacio Dubreyl Churruca, passava pelo local do atentado para ir trabalhar no instituto de formação profissional. Ele teve ferimentos leves, segundo um porta-voz da Ertzaintza (polícia regional basca).

Os outros feridos são o guarda-costas do vereador e quatro funcionários da empresa Elektra. O carro-bomba, que foi totalmente destruído pela explosão, se encontrava a cerca de 50 metros da estação de Martutene, um bairro do subúrbio de San Sebastián.

Este atentado aconteceu dois dias depois da convocação das eleições antecipadas do Parlamento regional basco para o dia 13 de maio, que foi adiantada devido ao bloqueio político sofrido pelo governo minoritário do nacionalista Juan José Ibarretxe, sobretudo, devido à retomada das ações armadas do ETA em janeiro de 2000, depois de uma trégua de 16 meses.

Espera-se que Juan José Ibarretxe anuncie hoje à tarde à imprensa uma grande manifestação para expressar o repúdio à violência do ETA, segundo fontes ligadas à presidência.

O ETA, que luta há 40 anos contra o estado espanhol para reivindicar o direito de autodeterminação do país Basco e incorporar Navarra e o País Basco francês, acaba de lançar sua "campanha particular eleitoral", afirmou o líder da coalizão Esquerda Unida (vinculada aos comunistas), Angel Madrazo, no País Basco.

Depois de conseguir maioria relativa nas eleições regionais de outubro de 1998, o Partido Nacionalista Basco (PVN, nacionalista moderado) se associou ao separatistas de Euskal Heritarrok (EH, braço político de ETA). Este acordo foi muito criticado pelo Partido Popular (PP, no poder em Madri) e o Partido Socialista Trabalhista Espanhol (PSOE).

Entretanto, a retomada dos atentados pelo ETA, no início de 2000, colocou fim a esta aliança no ano passado.

Desde então, o PNV se encontra numa situação difícil, já que a maioria de seus projetos de lei é rechaçada pelo PP e PSOE, enquanto o ETA aumenta sua ofensiva.

Se for confirmada a autoria do ETA no atentado de quinta-feira, esta organização terá assassinado 26 pessoas desde o começo de 2000.
O último atentado mortal atribuído ao ETA foi em 26 de janeiro, quando um cozinheiro da marinha espanhola, Ramón Díaz García, perdeu a vida na explosão de uma bomba fixada ao seu carro.

No dia 13 de fevereiro, um defeito no detonador de um explosivo em Madri evitou o atentado de um carro-bomba do ETA ao um juiz do Tribunal de Contas espanhol.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página