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28/02/2001
-
11h26
da France Presse, em Jerusalém
O primeiro-ministro israelense eleito, Ariel Sharon, continua hoje as intensas negociações que vem travando para formar um gabinete de união nacional, que já provocou inquietação em seu partido, o Likud (de extrema direita), por temer ficar em minoria na distribuição das pastas.
Sharon integrou em seu projeto os trabalhistas, o principal partido do Parlamento (com 24 deputados), que devem designar na próxima sexta-feira (2 de março) nomes para os ministérios da Defesa, Exterior, Agricultura, Transportes, Ciências, Comércio e Indústria, Cultura e Esportes, além de outros dois ministérios.
Segundo um aliado de Sharon, o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert, não aceitaria nenhum dos três trabalhistas cotados para o Ministério da Defesa: Binyamin Ben Eliezer, Ephraim Sneh e Matan Vilnai.
Sharon está se dedicando também a integrar seus aliados naturais do Shass, partido ortodoxo (com 17 deputados), do bloco de ultradireita União Nacional-Israel Beteinu (que tem 8 deputados), do Judaísmo Unificado do Torá (5), do Partido Nacional Religioso (5) e do partido russo-israelense Israel Be Aliya (4).
O primeiro ministro eleito quer o apoio dos ex-dissidentes do Likud, que voltaram ao partido, como os deputados Dan Meridor e os irmãos David e Maxime Levy. Para satisfazer o apetite de seus vários interlocutores em potencial, Sharon quer criar um governo com cerca de trinta ministérios, além de um bom número de vice-ministros.
Mas o esforço pode levá-lo a dar um passo em falso e gerar insatisfação no Likud. "Deve-se evitar que em dois meses se possa dizer que Sharon estará no poder e que o Likud está na oposição", afirmou Israel Katz, um dos principais dirigentes do Likud.
Katz é um aliado do ex-primeiro-ministro de direita Benjamin Netanyahu, que não esconde suas ambições de voltar ao poder caso aconteçam eleições antecipadas, que ele considera inevitáveis, devido ao caráter variado do Parlamento, onde estão representados 19 partidos e facções.
Katz também lamentou que o Likud tenha perdido ministérios com vocação social, como o do Interior, dos Transportes, da Habitação e da Infra-estrutura nacional, já preenchidos ou prometidos.
No entanto, a situação está longe de ser resolvida, pois o Likud conta com 19 deputados que disputam um cargo, ao mesmo tempo que terá que superar todo tipo de dificuldades em decorrência de exigências contraditórias.
O Shass e o Israel Be Aliya disputam o Ministério do Interior e o Partido Nacional Religioso quer a Educação, pretendido também pelo Likud. "Meu principal objetivo é restabelecer a segurança", declarou Sharon ontem à noite.
Leia mais sobre o conflito no Oriente Médio
Governo de união nacional divide partido de primeiro-ministro Sharon
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O primeiro-ministro israelense eleito, Ariel Sharon, continua hoje as intensas negociações que vem travando para formar um gabinete de união nacional, que já provocou inquietação em seu partido, o Likud (de extrema direita), por temer ficar em minoria na distribuição das pastas.
Sharon integrou em seu projeto os trabalhistas, o principal partido do Parlamento (com 24 deputados), que devem designar na próxima sexta-feira (2 de março) nomes para os ministérios da Defesa, Exterior, Agricultura, Transportes, Ciências, Comércio e Indústria, Cultura e Esportes, além de outros dois ministérios.
Segundo um aliado de Sharon, o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert, não aceitaria nenhum dos três trabalhistas cotados para o Ministério da Defesa: Binyamin Ben Eliezer, Ephraim Sneh e Matan Vilnai.
Sharon está se dedicando também a integrar seus aliados naturais do Shass, partido ortodoxo (com 17 deputados), do bloco de ultradireita União Nacional-Israel Beteinu (que tem 8 deputados), do Judaísmo Unificado do Torá (5), do Partido Nacional Religioso (5) e do partido russo-israelense Israel Be Aliya (4).
O primeiro ministro eleito quer o apoio dos ex-dissidentes do Likud, que voltaram ao partido, como os deputados Dan Meridor e os irmãos David e Maxime Levy. Para satisfazer o apetite de seus vários interlocutores em potencial, Sharon quer criar um governo com cerca de trinta ministérios, além de um bom número de vice-ministros.
Mas o esforço pode levá-lo a dar um passo em falso e gerar insatisfação no Likud. "Deve-se evitar que em dois meses se possa dizer que Sharon estará no poder e que o Likud está na oposição", afirmou Israel Katz, um dos principais dirigentes do Likud.
Katz é um aliado do ex-primeiro-ministro de direita Benjamin Netanyahu, que não esconde suas ambições de voltar ao poder caso aconteçam eleições antecipadas, que ele considera inevitáveis, devido ao caráter variado do Parlamento, onde estão representados 19 partidos e facções.
Katz também lamentou que o Likud tenha perdido ministérios com vocação social, como o do Interior, dos Transportes, da Habitação e da Infra-estrutura nacional, já preenchidos ou prometidos.
No entanto, a situação está longe de ser resolvida, pois o Likud conta com 19 deputados que disputam um cargo, ao mesmo tempo que terá que superar todo tipo de dificuldades em decorrência de exigências contraditórias.
O Shass e o Israel Be Aliya disputam o Ministério do Interior e o Partido Nacional Religioso quer a Educação, pretendido também pelo Likud. "Meu principal objetivo é restabelecer a segurança", declarou Sharon ontem à noite.
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