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02/03/2001
-
10h39
da France Presse, em Viena (Áustria)
O dirigente da extrema direita austríaca, Joerg Haider, desencadeou hoje um novo escândalo ao fazer declarações consideradas anti-semitas, apenas um ano depois de seu partido chegar ao poder. "É uma vergonha para a Áustria que semelhante político tenha um papel tão importante neste país", afirmou hoje Hans Rauscher, autor do editorialista do jornal "Standard", de centro-esquerda.
Haider, governador da província de Caríntia (leste da Áustria), é o homem forte do partido de extrema-direita FPÕ, que chegou ao poder em fevereiro de 2000 fazendo coalizão com o partido conservador, do chanceler Wolfgang Schuessel.
Anteriormente, a oposição de esquerda denunciou como anti-semita a piada de Haider sobre o chefe da pequena comunidade judia austríaca, Ariel Muzicant. "Não entendo como alguém que se chama Ariel pode ter as mãos tão sujas", declarou Haider a uma revista política, fazendo um jogo de palavras entre o nome de Muzicant e a marca de um detergente.
A secretária-geral do partido conservador, Maria Rauch-Kallat, criticou os ataques pessoais e a difamação, seja qual for a pessoa a que se dirigem.
"É anti-semitismo puro e simples", declarou o prefeito social-democrata de Viena, Michael Haeupl, que acusou o dirigente de extrema-direita de ter atravessado a "linha ideológica da vergonha".
O movimento progressista Ação Católica reprova Joerg Haider, e o acusa de "explorar os ressentimentos vindos da época mais obscura da história humana".
O próprio Ariel Muzicant respondeu que "chegou a hora de que na Áustria até mesmo um governador aprenda a usar um tom correto".
Haider, que uma vez já perdeu o cargo de governador por ter elogiado a política de emprego do terceiro Reich, foi acusado em outras ocasiões de anti-semitismo. Em 1999, depois da vitória eleitoral de seu partido, que lhe permitiu negociar sua chegada ao poder, ele pediu desculpas publicamente pelas declarações que podiam magoar as vítimas dos nazistas.
O editorialista denunciou outras declarações racistas recentes de Joerg Haider, que até agora haviam passado inadvertidamente. O líder da extrema-direita declarou, em uma manifestação, que o prefeito de Viena "Haeupl contratou um estrategista político chamado Greeberg", fazendo igualmente um jogo de palavras entre "Green", aludindo ao Partido dos Verdes, e a "berg", sufixo de alguns nomes judeus.
"Na Alemanha, um político que brinca como Haider com o anti-semitismo não duraria sequer um minuto na vida política", afirmou o editorialista.
Políticos dizem que Haider é vergonha para a política da Áustria
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O dirigente da extrema direita austríaca, Joerg Haider, desencadeou hoje um novo escândalo ao fazer declarações consideradas anti-semitas, apenas um ano depois de seu partido chegar ao poder. "É uma vergonha para a Áustria que semelhante político tenha um papel tão importante neste país", afirmou hoje Hans Rauscher, autor do editorialista do jornal "Standard", de centro-esquerda.
Haider, governador da província de Caríntia (leste da Áustria), é o homem forte do partido de extrema-direita FPÕ, que chegou ao poder em fevereiro de 2000 fazendo coalizão com o partido conservador, do chanceler Wolfgang Schuessel.
Anteriormente, a oposição de esquerda denunciou como anti-semita a piada de Haider sobre o chefe da pequena comunidade judia austríaca, Ariel Muzicant. "Não entendo como alguém que se chama Ariel pode ter as mãos tão sujas", declarou Haider a uma revista política, fazendo um jogo de palavras entre o nome de Muzicant e a marca de um detergente.
A secretária-geral do partido conservador, Maria Rauch-Kallat, criticou os ataques pessoais e a difamação, seja qual for a pessoa a que se dirigem.
"É anti-semitismo puro e simples", declarou o prefeito social-democrata de Viena, Michael Haeupl, que acusou o dirigente de extrema-direita de ter atravessado a "linha ideológica da vergonha".
O movimento progressista Ação Católica reprova Joerg Haider, e o acusa de "explorar os ressentimentos vindos da época mais obscura da história humana".
O próprio Ariel Muzicant respondeu que "chegou a hora de que na Áustria até mesmo um governador aprenda a usar um tom correto".
Haider, que uma vez já perdeu o cargo de governador por ter elogiado a política de emprego do terceiro Reich, foi acusado em outras ocasiões de anti-semitismo. Em 1999, depois da vitória eleitoral de seu partido, que lhe permitiu negociar sua chegada ao poder, ele pediu desculpas publicamente pelas declarações que podiam magoar as vítimas dos nazistas.
O editorialista denunciou outras declarações racistas recentes de Joerg Haider, que até agora haviam passado inadvertidamente. O líder da extrema-direita declarou, em uma manifestação, que o prefeito de Viena "Haeupl contratou um estrategista político chamado Greeberg", fazendo igualmente um jogo de palavras entre "Green", aludindo ao Partido dos Verdes, e a "berg", sufixo de alguns nomes judeus.
"Na Alemanha, um político que brinca como Haider com o anti-semitismo não duraria sequer um minuto na vida política", afirmou o editorialista.
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