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02/03/2001
-
15h47
da Reuters, em Paris
Manifestantes acusaram a Síria hoje de ter garantido refúgio para Alois Brunner, o mais graduado nazista ainda supostamente vivo. Ele começou a ser julgado à revelia na França por ter mandado crianças para o campo de extermínio de Auschwitz.
Dezenas de pessoas se concentraram em frente ao Palais de Justice, em Paris, entre faixas que acusavam o presidente sírio, Bashar al-Assad, de ter dado abrigo ao oficial austríaco da SS, que, se realmente estiver vivo, tem 88 anos.
A Síria negou novamente nesta semana que esteja escondendo Brunner, já condenado à morte na França em 1953 e 1954.
Os manifestantes também seguravam fotos de algumas das 345 crianças que o oficial mandou no último comboio que deixou a França com destino aos campos de extermínio, em 1944. Ele era o principal auxiliar do "técnico da morte" Adolf Eichmann.
"Até que Damasco apresente o homem ou provas da sua morte, o trauma das famílias das vítimas não se encerrará", disse Shimon Samuels, um dos diretores do Centro Simon Wiesenthal, que defende os direitos dos judeus.
O caçador de nazistas francês Serge Klarsfeld, que em 1987 iniciou a ação judicial contra o ex-oficial, viajou diversas vezes a Damasco (capital Síria) para pedir a entrega de Brunner. Ele e a mulher, Beate, foram expulsos todas as vezes.
Entre 1943 e 44, Brunner comandou o campo de detenção de Drancy, nos arredores de Paris. Lá, judeus capturados na França aguardavam a transferência para Auschwitz. Ele é acusado de enviar 140 mil judeus (dos quais 24 mil franceses) para as câmaras de gás.
O julgamento vai se concentrar apenas na prisão e deportação de 340 órfãos da região de Paris, mandados para Auschwitz em 17 de agosto de 1944 _uma semana antes de os aliados libertarem Paris.
Após ler uma lista de seus crimes e vítimas, a corte deve condenar Brunner à prisão perpétua.
Em dezembro de 1999, um jornal francês afirmou, citando uma autoridade síria próxima a Bashar al-Assad, que Alois Brunner havia morrido três anos antes e sido enterrado em Damasco. Isso nunca foi confirmado, e familiares das vítimas dizem que sua filha, que supostamente vive em Viena, deveria anunciar a morte de Brunner, quando ocorrer.
Manifestantes acusam Síria durante julgamento de nazista
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Manifestantes acusaram a Síria hoje de ter garantido refúgio para Alois Brunner, o mais graduado nazista ainda supostamente vivo. Ele começou a ser julgado à revelia na França por ter mandado crianças para o campo de extermínio de Auschwitz.
Dezenas de pessoas se concentraram em frente ao Palais de Justice, em Paris, entre faixas que acusavam o presidente sírio, Bashar al-Assad, de ter dado abrigo ao oficial austríaco da SS, que, se realmente estiver vivo, tem 88 anos.
A Síria negou novamente nesta semana que esteja escondendo Brunner, já condenado à morte na França em 1953 e 1954.
Os manifestantes também seguravam fotos de algumas das 345 crianças que o oficial mandou no último comboio que deixou a França com destino aos campos de extermínio, em 1944. Ele era o principal auxiliar do "técnico da morte" Adolf Eichmann.
"Até que Damasco apresente o homem ou provas da sua morte, o trauma das famílias das vítimas não se encerrará", disse Shimon Samuels, um dos diretores do Centro Simon Wiesenthal, que defende os direitos dos judeus.
O caçador de nazistas francês Serge Klarsfeld, que em 1987 iniciou a ação judicial contra o ex-oficial, viajou diversas vezes a Damasco (capital Síria) para pedir a entrega de Brunner. Ele e a mulher, Beate, foram expulsos todas as vezes.
Entre 1943 e 44, Brunner comandou o campo de detenção de Drancy, nos arredores de Paris. Lá, judeus capturados na França aguardavam a transferência para Auschwitz. Ele é acusado de enviar 140 mil judeus (dos quais 24 mil franceses) para as câmaras de gás.
O julgamento vai se concentrar apenas na prisão e deportação de 340 órfãos da região de Paris, mandados para Auschwitz em 17 de agosto de 1944 _uma semana antes de os aliados libertarem Paris.
Após ler uma lista de seus crimes e vítimas, a corte deve condenar Brunner à prisão perpétua.
Em dezembro de 1999, um jornal francês afirmou, citando uma autoridade síria próxima a Bashar al-Assad, que Alois Brunner havia morrido três anos antes e sido enterrado em Damasco. Isso nunca foi confirmado, e familiares das vítimas dizem que sua filha, que supostamente vive em Viena, deveria anunciar a morte de Brunner, quando ocorrer.
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