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05/03/2001
-
04h02
MARCIO AITH
da Folha de S.Paulo, em Washington
Apesar da gravidade da crise política e econômica na Argentina, não há sinais de que o governo norte-americano ou a direção do FMI (Fundo Monetário Internacional) pretendam suspender ou retardar o cronograma de liberação de ajuda financeira ao país.
Desde sexta-feira, técnicos do Fundo acreditavam que a escolha do ultraliberal Ricardo López Murphy para o Ministério da Economia poderia restaurar a credibilidade que o país perdeu na última semana com o duplo golpe causado pela renúncia do ministro José Luis Machinea e pelas suspeitas de omissão do presidente do banco central argentino, Pedro Pou, num escândalo de lavagem de dinheiro.
Com a confirmação de Murphy na Economia, a diretoria do FMI encarregada da América Latina deve iniciar, hoje ou amanhã, um diálogo com o novo ministro para ver se as metas acertadas com o Fundo serão cumpridas.
Cautela
Na época do acordo, o então secretário do Tesouro norte-americano, Lawrence Summers, decidiu que os EUA não participariam com dinheiro próprio do pacote argentino.
De certa forma, essa cautela de Summers poupa agora a Argentina de um provável desgaste que lhe poderia ser fatal.
Isso porque, pelos princípios que regem a nova administração do Tesouro, os EUA poderiam cortar a ajuda direta ao país sob a alegação de que falta vontade aos argentinos para reformar a economia - e também devido às denúncias de corrupção.
FMI não deve alterar plano de ajuda à Argentina
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da Folha de S.Paulo, em Washington
Apesar da gravidade da crise política e econômica na Argentina, não há sinais de que o governo norte-americano ou a direção do FMI (Fundo Monetário Internacional) pretendam suspender ou retardar o cronograma de liberação de ajuda financeira ao país.
Desde sexta-feira, técnicos do Fundo acreditavam que a escolha do ultraliberal Ricardo López Murphy para o Ministério da Economia poderia restaurar a credibilidade que o país perdeu na última semana com o duplo golpe causado pela renúncia do ministro José Luis Machinea e pelas suspeitas de omissão do presidente do banco central argentino, Pedro Pou, num escândalo de lavagem de dinheiro.
Com a confirmação de Murphy na Economia, a diretoria do FMI encarregada da América Latina deve iniciar, hoje ou amanhã, um diálogo com o novo ministro para ver se as metas acertadas com o Fundo serão cumpridas.
Cautela
Na época do acordo, o então secretário do Tesouro norte-americano, Lawrence Summers, decidiu que os EUA não participariam com dinheiro próprio do pacote argentino.
De certa forma, essa cautela de Summers poupa agora a Argentina de um provável desgaste que lhe poderia ser fatal.
Isso porque, pelos princípios que regem a nova administração do Tesouro, os EUA poderiam cortar a ajuda direta ao país sob a alegação de que falta vontade aos argentinos para reformar a economia - e também devido às denúncias de corrupção.
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