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05/03/2001
-
21h00
da Reuters, em Berlim
A Coréia do Norte, há décadas um dos países mais isolados do mundo, lançou hoje um caloroso convite para turistas internacionais, mas pediu que os norte-americanos fiquem em casa.
Kim Ryong Hwan, diretor da única companhia de turismo norte-coreana estatal, aproveitou a feira de turismo ITB, em Berlim, para exibir um livro com fotos dos montes Myohyang e da Casa da Amizade Internacional, onde, segundo ele, os visitantes podem admirar os 200 mil presentes recebidos pelo falecido fundador do país, Kim Il-Sung.
"Algumas pessoas sugeriram ao nosso ex-líder que extraísse carvão dessas montanhas, mas ele disse: 'Não, parem, a beleza é maior assim'", disse Kim, que na lapela usa uma pequena imagem do "Grande Líder".
Ele também tratou de vender os atrativos de Pyongyang, com seus blocos pré-fabricados e estátuas em honra dos políticos comunistas.
"Pyongyang é muito calma e o ar é fresco. O cenário é agradável e a água do rio é cristalina", disse Kim, apontando os contrastes em relação a Pequim. "As pessoas são muito amistosas, também."
Outros destaques do material promocional eram "O Respeitado Lugar Natal do Camarada Kim Il-Sung" e o Museu da Vitoriosa Guerra de Libertação da Pátria.
Poucos estrangeiros já visitaram esses lugares, já que o regime stalinista norte-coreano manteve as portas fechadas durante décadas. A maioria dos 100 mil turistas que estiveram no país em 2000 eram chineses.
Para 2001, a Coréia do Norte espera atrair mil visitantes europeus. "Hotéis, transportes e restaurantes estão prontos", disse ele.
"O problema é que a maioria dos europeus nem conhece o nosso país", diz Ri Yong-bom, colega de Kim na estatal turística. "Se conhece, é por coisas negativas."
"Estamos prontos para receber todos os estrangeiros, menos você", disse Ri, apontando um norte-americano que visitava o stand. "Isso vai ocorrer num futuro próximo."
"Até hoje, os norte-coreanos não têm uma boa impressão dos norte-americanos, porque vocês fizeram a guerra e muita gente morreu", disse ele, sobre o conflito que durou de 1950 a 53, em que os EUA apoiaram o sul capitalista.
O pacote completo para um turista na Coréia do Norte sai por volta de US$ 100 por dia, incluindo hotel, refeições e passeios.
Coréia do Norte se abre para turistaS, mas veta norte-americanos
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A Coréia do Norte, há décadas um dos países mais isolados do mundo, lançou hoje um caloroso convite para turistas internacionais, mas pediu que os norte-americanos fiquem em casa.
Kim Ryong Hwan, diretor da única companhia de turismo norte-coreana estatal, aproveitou a feira de turismo ITB, em Berlim, para exibir um livro com fotos dos montes Myohyang e da Casa da Amizade Internacional, onde, segundo ele, os visitantes podem admirar os 200 mil presentes recebidos pelo falecido fundador do país, Kim Il-Sung.
"Algumas pessoas sugeriram ao nosso ex-líder que extraísse carvão dessas montanhas, mas ele disse: 'Não, parem, a beleza é maior assim'", disse Kim, que na lapela usa uma pequena imagem do "Grande Líder".
Ele também tratou de vender os atrativos de Pyongyang, com seus blocos pré-fabricados e estátuas em honra dos políticos comunistas.
"Pyongyang é muito calma e o ar é fresco. O cenário é agradável e a água do rio é cristalina", disse Kim, apontando os contrastes em relação a Pequim. "As pessoas são muito amistosas, também."
Outros destaques do material promocional eram "O Respeitado Lugar Natal do Camarada Kim Il-Sung" e o Museu da Vitoriosa Guerra de Libertação da Pátria.
Poucos estrangeiros já visitaram esses lugares, já que o regime stalinista norte-coreano manteve as portas fechadas durante décadas. A maioria dos 100 mil turistas que estiveram no país em 2000 eram chineses.
Para 2001, a Coréia do Norte espera atrair mil visitantes europeus. "Hotéis, transportes e restaurantes estão prontos", disse ele.
"O problema é que a maioria dos europeus nem conhece o nosso país", diz Ri Yong-bom, colega de Kim na estatal turística. "Se conhece, é por coisas negativas."
"Estamos prontos para receber todos os estrangeiros, menos você", disse Ri, apontando um norte-americano que visitava o stand. "Isso vai ocorrer num futuro próximo."
"Até hoje, os norte-coreanos não têm uma boa impressão dos norte-americanos, porque vocês fizeram a guerra e muita gente morreu", disse ele, sobre o conflito que durou de 1950 a 53, em que os EUA apoiaram o sul capitalista.
O pacote completo para um turista na Coréia do Norte sai por volta de US$ 100 por dia, incluindo hotel, refeições e passeios.
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