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06/03/2001
-
11h14
da Reuters, em Santee (Califórnia)
A cidade de Santee, de 58 mil habitantes, tenta compreender por que ninguém acreditou no garoto de 15 anos que avisou que abriria fogo na escola onde era alvo de zombaria por ser baixo e franzino. Todos pensavam que ele estivesse brincando.
O garoto, que se mudara recentemente do Estado de Maryland, vinha contando a seus amigos havia dias sobre o que estava planejando. Ontem pela manhã, concretizou suas ameaças, abrindo fogo na Santana High School, de 1.900 alunos, deixando um saldo de dois alunos mortos e 13 feridos.
Foi o mais recente ato de violência juvenil a chocar os Estados Unidos desde que dois atiradores adolescentes mataram 15 pessoas, incluindo eles mesmos, na escola Columbine, no Colorado, dois anos atrás.
Depois de matar os dois alunos de Santana e ferir outros com uma arma de calibre 22, o garoto entregou-se à polícia, sem opor resistência, num banheiro da escola de segundo grau em Santee, a cerca de 16 quilômetros a nordeste de San Diego.
A polícia procura determinar onde ele conseguiu a arma e por que tantas pessoas parecem ter tido conhecimento de seus planos, mas não acreditaram nele.
A emissora WJLA-TV, retransmissora local da ABC na área de Washington, identificou o assassino como Charles Andrew Williams e disse que ele morou em Knoxville, Maryland, até o ano passado, quando teria se mudado para a Califórnia com seu pai.
O governador da Califórnia, Gray Davis, que ordenou que fosse abaixada a bandeira no capitólio do Estado, destacou a importância de se dar atenção a todos os possíveis sinais de aviso sobre um ataque.
"Precisamos encontrar maneiras de detectar os sinais de aviso mais claramente, de manter as crianças afastadas das armas de fogo e de ensinar as crianças a resolver seus conflitos pessoais com palavras, não com armas", disse Davis, cuja mulher, Sharon, estudou na escola Santana.
"Todo adulto e todo estudante deve levar a sério qualquer possível aviso", disse o governador à CNN. "As consequências de um engano nesse sentido são graves demais."
O tiroteio foi o mais recente em mais de uma dúzia de incidentes de violência com armas de fogo ocorridos em escolas norte-americanas nos últimos anos, incluindo casos de mortes múltiplas no Oregon, Arkansas e Kentucky, além do Colorado.
A polícia informou que o rapaz será citado como adulto e, na quarta-feira, acusado por homicídio doloso.
A escola Santana ficaria fechada na terça-feira, para que orientadores possam dar assistência psicológica aos estudantes traumatizados com o tiroteio.
Um jovem que viu o rapaz atirando nos estudantes contou que ele estava sorrindo enquanto atirava. ``Ele tinha uma expressão sádica, maligna'', contou John Schardt.
Os dois estudantes mortos foram identificados como Brian Zuckor, de 14 anos, e Randy Gordon, de 15.
Cidade da Califórnia tenta entender tiroteio em escola
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A cidade de Santee, de 58 mil habitantes, tenta compreender por que ninguém acreditou no garoto de 15 anos que avisou que abriria fogo na escola onde era alvo de zombaria por ser baixo e franzino. Todos pensavam que ele estivesse brincando.
O garoto, que se mudara recentemente do Estado de Maryland, vinha contando a seus amigos havia dias sobre o que estava planejando. Ontem pela manhã, concretizou suas ameaças, abrindo fogo na Santana High School, de 1.900 alunos, deixando um saldo de dois alunos mortos e 13 feridos.
Foi o mais recente ato de violência juvenil a chocar os Estados Unidos desde que dois atiradores adolescentes mataram 15 pessoas, incluindo eles mesmos, na escola Columbine, no Colorado, dois anos atrás.
Depois de matar os dois alunos de Santana e ferir outros com uma arma de calibre 22, o garoto entregou-se à polícia, sem opor resistência, num banheiro da escola de segundo grau em Santee, a cerca de 16 quilômetros a nordeste de San Diego.
A polícia procura determinar onde ele conseguiu a arma e por que tantas pessoas parecem ter tido conhecimento de seus planos, mas não acreditaram nele.
A emissora WJLA-TV, retransmissora local da ABC na área de Washington, identificou o assassino como Charles Andrew Williams e disse que ele morou em Knoxville, Maryland, até o ano passado, quando teria se mudado para a Califórnia com seu pai.
O governador da Califórnia, Gray Davis, que ordenou que fosse abaixada a bandeira no capitólio do Estado, destacou a importância de se dar atenção a todos os possíveis sinais de aviso sobre um ataque.
"Precisamos encontrar maneiras de detectar os sinais de aviso mais claramente, de manter as crianças afastadas das armas de fogo e de ensinar as crianças a resolver seus conflitos pessoais com palavras, não com armas", disse Davis, cuja mulher, Sharon, estudou na escola Santana.
"Todo adulto e todo estudante deve levar a sério qualquer possível aviso", disse o governador à CNN. "As consequências de um engano nesse sentido são graves demais."
O tiroteio foi o mais recente em mais de uma dúzia de incidentes de violência com armas de fogo ocorridos em escolas norte-americanas nos últimos anos, incluindo casos de mortes múltiplas no Oregon, Arkansas e Kentucky, além do Colorado.
A polícia informou que o rapaz será citado como adulto e, na quarta-feira, acusado por homicídio doloso.
A escola Santana ficaria fechada na terça-feira, para que orientadores possam dar assistência psicológica aos estudantes traumatizados com o tiroteio.
Um jovem que viu o rapaz atirando nos estudantes contou que ele estava sorrindo enquanto atirava. ``Ele tinha uma expressão sádica, maligna'', contou John Schardt.
Os dois estudantes mortos foram identificados como Brian Zuckor, de 14 anos, e Randy Gordon, de 15.
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