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14/03/2001 - 14h57

Declarações de direitistas são criticadas na Áustria

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da Reuters, em Viena

Políticos austríacos condenaram hoje as declarações de um membro do Partido da Liberdade (de ultra-direita), que afirmou, em tom irônico, ter orgulho de pertencer a um "partido marrom" e não ser racista.

Os social-democratas, o conservador Partido Popular e os verdes se disseram ofendidos com a frase de Peter Schumann, um deficiente físico que concorre às eleições locais de Viena, no dia 25. "Braun", ou marrom, é um apelido em alemão para qualquer partido nazista.

O Partido da Liberdade (PL) disse que a declaração era uma resposta bem-humorada a acusações de nazismo feitas por social-democratas. O partido reconheceu, porém, que a frase foi inadequada.

Declarações sobre o passado nazista da Áustria renderam fama internacional ao principal líder do PL, Joerg Haider, governador do Estado da Caríntia. Ele já pediu desculpas pela apologia ao nazismo, mas continua enfrentando problemas. Hoje, foi repreendido pelo departamento de Estado norte-americano por ter feito ataques a um líder judaico.

"Devemos ser especialmente sensíveis a comentários que possam ser interpretados como xenófobos ou anti-semitas'', disse o comunicado norte-americano.

Haider havia feito uma piada comparando o prenome do líder Ariel Muzicant a uma marca de sabão em pó. ``Não sei como alguém chamado Ariel pode ter tanta sujeira nas mãos'', afirmou em um discurso. Essa expressão, em alemão, dá a idéia de que alguém tenta ocultar crimes do passado.

O partido, que participa do governo e tirou Haider da liderança formal, apesar de ele ainda exercer grande influência, disse que a declaração não era anti-semita. Haider teria apenas feito referências a dívidas da comunidade judaica. Muzicant prometeu processar Haider.
 

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