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15/03/2001 - 10h15

Morre líder da CIA durante a Guerra Fria

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da Reuters, em Washington

Cord Meyer, um mestre de operações sigilosas da CIA durante a Guerra Fria, morreu na terça-feira de causas naturais, aos 80 anos de idade.

Meyer ingressou na CIA (Agência Central da Inteligência dos EUA) em 1951 e era visto como um dos fundadores das ações sigilosas, incluindo as operações conduzidas para contrabalançar a influência soviética nos movimentos sindical e estudantil internacionais.

"Ele era um titã. Era uma das grandes cabeças das operações sigilosas", disse Lloyd Salvetti, diretor do Centro para o Estudo da Inteligência da CIA.

Segundo o livro "The Agency'', de John Ranelagh, um dos projetos de Meyer envolvia o financiamento da Associação Nacional de Estudantes pela CIA. O financiamento, feito de maneira sigilosa, visava contrabalançar os efeitos da máquina de propaganda política soviética nos movimentos de jovens.

Ele foi responsável pela rádio Liberdade, cujas transmissões eram voltadas à antiga União Soviética, e pela rádio Europa Livre, que divulgava para a Europa oriental informações do mundo externo, atravessando a Cortina de Ferro.

"Cord definiu o conceito, a doutrina e a implementação da ação sigilosa em prol da segurança e dos interesses de nosso país'', disse o diretor da CIA, George Tenet.

O nome de Meyer apareceu nos últimos anos no livro "A Very Private Woman'', de Nina Burleigh, sobre sua primeira mulher, Mary Pinchot Meyer, descrita como tendo tido um caso com o falecido presidente John F. Kennedy.

Mary Meyer foi encontrada morta a tiros, em 1964. Um homem foi preso por seu assassinato, mas depois absolvido, e o caso nunca foi elucidado.

Alguns teóricos de conspiração chegaram a especular na Internet que Cord Meyer tenha sido "Garganta Profunda'', a mais famosa fonte anônima do mundo, que ajudou dois jornalistas do "The Washington Post" a trazer à tona o escândalo de Watergate, que acabou provocando a queda do ex-presidente Richard Nixon.
 

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