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20/03/2001
-
20h10
da Reuters, em Washington
Imediatamente depois que o presidente Ronald Reagan foi baleado, em 1981, seu gabinete se reuniu em uma sala da Casa Branca. A discussão, cuja transcrição acaba de ser revelada, inclui a lendária, mas falsa, declaração do ex-secretário de Estado Al Haig de que o país estava sob seu controle.
O texto das conversas, tornados públicos ao completarem 20 anos, foram divulgados na edição de abril da revista ''Atlantic Monthly'' pelo então assessor de segurança nacional Richard Allen, que as gravou. ``Achei quer era a hora de contar essa história'', disse Allen.
Imediatamente depois que Reagan foi ferido, em 30 de março de 1981, quando saía de um hotel da capital norte-americana, Allen convocou os principais ministros e funcionários da presidência, inclusive Haig e o secretário de Defesa, Caspar Weinberger.
Eles se trancaram em uma sala especial, vigiada por agentes do serviço secreto. Normalmente, por razões de segurança, conversas naquela sala não são gravadas, mas Allen achou que o momento histórico merecia um registro. Os participantes concordaram com a gravação. O objetivo do encontro era garantir que não houvesse boatos naquele momento.
As primeiras conversas revelaram que havia mais submarinos soviéticos que o usual em frente à costa leste dos EUA. Em seguida, os participantes discutiram sobre a localização das maletas que contêm os segredos das armas nucleares. Uma estava com o então vice-presidente, George Bush, outra estava com o ajudante-de-ordens da Casa Branca e uma terceira localizava-se no Pentágono.
Segundo Allen, o momento mais memorável foi quando Al Haig confundiu a linhagem sucessória, primeiro na sala da Casa Branca, depois falando na TV. Nas duas ocasiões, ele imaginou que tivesse assumido o governo, mas esqueceu-se de que havia à sua frente o vice-presidente, o presidente da Câmara e alguém indicado pelo Senado.
Allen conta que, ao imaginar ter assumido o governo, Haig ficou pálido e seus joelhos tremiam. ``Por enquanto, eu estou no controle aqui, na Casa Branca, esperando a volta do vice-presidente e em contato direto com ele'', disse Haig na sua desastrada declaração.
Ele também disse que nenhuma medida de emergência seria tomada. Essa declaração irritou Caspar Weinberger, o que criou uma discussão áspera entre os dois. Segundo Allen, apesar dos problemas, a equipe de emergência desempenhou bem o seu papel. O próprio autor das gravações cometeu um erro ao dizer que o porta-voz de Reagan, Jim Brady, teria sido morto. Na verdade, ele estava gravemente ferido.
Gravações mostram bastidores do atentado contra Reagan
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Imediatamente depois que o presidente Ronald Reagan foi baleado, em 1981, seu gabinete se reuniu em uma sala da Casa Branca. A discussão, cuja transcrição acaba de ser revelada, inclui a lendária, mas falsa, declaração do ex-secretário de Estado Al Haig de que o país estava sob seu controle.
O texto das conversas, tornados públicos ao completarem 20 anos, foram divulgados na edição de abril da revista ''Atlantic Monthly'' pelo então assessor de segurança nacional Richard Allen, que as gravou. ``Achei quer era a hora de contar essa história'', disse Allen.
Imediatamente depois que Reagan foi ferido, em 30 de março de 1981, quando saía de um hotel da capital norte-americana, Allen convocou os principais ministros e funcionários da presidência, inclusive Haig e o secretário de Defesa, Caspar Weinberger.
Eles se trancaram em uma sala especial, vigiada por agentes do serviço secreto. Normalmente, por razões de segurança, conversas naquela sala não são gravadas, mas Allen achou que o momento histórico merecia um registro. Os participantes concordaram com a gravação. O objetivo do encontro era garantir que não houvesse boatos naquele momento.
As primeiras conversas revelaram que havia mais submarinos soviéticos que o usual em frente à costa leste dos EUA. Em seguida, os participantes discutiram sobre a localização das maletas que contêm os segredos das armas nucleares. Uma estava com o então vice-presidente, George Bush, outra estava com o ajudante-de-ordens da Casa Branca e uma terceira localizava-se no Pentágono.
Segundo Allen, o momento mais memorável foi quando Al Haig confundiu a linhagem sucessória, primeiro na sala da Casa Branca, depois falando na TV. Nas duas ocasiões, ele imaginou que tivesse assumido o governo, mas esqueceu-se de que havia à sua frente o vice-presidente, o presidente da Câmara e alguém indicado pelo Senado.
Allen conta que, ao imaginar ter assumido o governo, Haig ficou pálido e seus joelhos tremiam. ``Por enquanto, eu estou no controle aqui, na Casa Branca, esperando a volta do vice-presidente e em contato direto com ele'', disse Haig na sua desastrada declaração.
Ele também disse que nenhuma medida de emergência seria tomada. Essa declaração irritou Caspar Weinberger, o que criou uma discussão áspera entre os dois. Segundo Allen, apesar dos problemas, a equipe de emergência desempenhou bem o seu papel. O próprio autor das gravações cometeu um erro ao dizer que o porta-voz de Reagan, Jim Brady, teria sido morto. Na verdade, ele estava gravemente ferido.
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