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23/03/2001 - 09h57

Albaneses enterram pai e filho mortos pela polícia macedônia

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da Reuters, em Tetovo (Macedônia)

Macedônios de origem albanesa da cidade de Tetovo preparavam-se hoje para enterrar um pai e um filho mortos pelas forças de segurança do país.

Razim e Ramadan Koraci, de 60 e 37 anos, morreram sob uma chuva de balas em frente a câmeras de TV, que divulgaram as imagens da crise macedônia para os moradores do país, tanto eslavos (maioria) quanto os de origem albanesa.

Na frente de batalha, a cidade de Tetovo, o clima era tenso, mas não havia confrontos hoje, um dia depois de as forças do governo terem bombardeado as montanhas que cercam a região e nas quais estariam abrigados centenas de guerrilheiros albaneses.

Apesar das fotografias e imagens de vídeo mostrando Ramadan tentando atirar uma granada contra os policiais depois que o carro deles foi parado pela polícia, os albaneses pareciam querer negar que seus companheiros de etnia fossem culpados.

"Foi difícil para mim. Eles eram boas pessoas. Não eram assim", afirmou Isen, de 42 anos, um vizinho dos dois motoristas de táxi. Kamer, de 43, disse suspeitar que o filme era uma "montagem''. Outros defendiam a versão de que Ramadan tentou atirar um telefone celular contra os policiais.

Os dois homens devem ser enterrados em um subúrbio de Tetovo hoje à tarde, o que antecipa mais um dia tenso para o país.

"Estamos preocupados com a possibilidade de o tiroteio na cidade elevar a tensão e de a situação piorar", afirmou o prefeito da cidade, Myrteza Ismail.

Líderes da União Européia (UE) que estiveram no país devem traçar hoje um panorama da situação da Macedônia em Estocolmo, capital da Suécia. O Ocidente teme que a violência no país detone novos conflitos na região balcânica.

  • Leia mais sobre os conflitos nos Bálcãs

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