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23/03/2001 - 12h07

Acadêmicos estrangeiros criticam líder direitista austríaco

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da Reuters, em Viena

Sessenta e sete acadêmicos internacionais publicaram um ataque hoje ao líder da extrema direita austríaca Joerg Haider, acusando-o de manipular sentimentos racistas e evocar retórica anti-semita.

Em carta aberta ao presidente austríaco Thomas Klestil publicada no jornal "Der Standard", professores universitários dos Estados Unidos, Israel e países europeus denunciaram os líderes austríacos pela brandura de sua reação ao ataque desferido recentemente por Haider contra um líder da comunidade judaica.

Redigida em inglês e alemão, a carta foi motivada pelos recentes ataques de Haider ao líder judeu austríaco Ariel Muzicant e suas referências sarcásticas à "costa leste" dos Estados Unidos.

Segundo a carta, "costa leste" é um conhecido termo pejorativo usado para designar judeu no jargão da direita austríaca e alemã.

"A manipulação que Haider faz dos sentimentos racistas para servir a suas finalidades políticas deixa claro que é ilegítima sua afirmação de que é democrata e que adere aos postulados fundamentais da democracia austríaca'', diz a carta.

"Ele se esconde por trás do princípio democrático da liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que renega as pedras de toque democráticas da justiça e igualdade, ao evocar uma retórica anti-semita para promover sua agenda política."

Governador da província da Caríntia, Haider renunciou à direção do Partido da Liberdade no ano passado, depois de levá-lo a formar uma coalizão com o conservador Partido do Povo, do chanceler Wolfgang Schuessel.

Mas ele continua a liderar o partido e está à frente de sua polêmica campanha para as eleições locais em Viena, no domingo, para as quais os cartazes do partido reúnem as palavras ''estrangeiros'', "crime" e "drogas".
 

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