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23/03/2001
-
18h09
da Reuters, em Lima
As acusações de que o candidato favorito à Presidência do Peru, Alejandro Toledo, consumiu cocaína foram tramadas por membros da elite branca do país, inconformados com a ascensão de um indígena. Essa é a teoria defendida hoje por membros de seu partido.
A duas semanas das eleições, a influente revista "Caretas" publicou ontem uma reportagem em que afirma que Toledo teve resultado positivo para cocaína em um exame de urina feito em 1998. Toledo diz que foi drogado à força, durante um sequestro, hipótese que a revista põe em dúvida.
Toledo afirmou que a notícia é velha e que ele mesmo havia apresentado o caso, suspeitando ter sido sequestrado e drogado por agentes do serviço secreto comandado por seu ex-chefe Vladimiro Montesinos, homem forte do ex-presidente Alberto Fujimori.
A reportagem da "Caretas" e outras que se seguiram levaram os partidários de Toledo a enxergar uma conspiração da imprensa branca contra seu candidato, um ``cholo'' (mestiço com ascendência indígena). O popular tablóide "Ojo" estampou em sua manchete: ``Enfrente as denúncias!''. O "Liberación", seu antigo aliado, acusou-o de se comportar como um avestruz, escondendo-se das denúncias.
``O povinho de Miraflores (bairro mais rico de Lima) quer evitar a vitória do Cholo Toledo. Meu 'cholo' tem integridade e é sagrado'', disse durante um comício Eliane Karp, mulher do candidato, que é belga. Em resposta, o público gritou o nome de Pachacutec, um imperador inca.
Toledo, que atribui a uma fraude sua derrota para Fujimori nas eleições de 2000, está agora dez pontos percentuais à frente da segunda colocada, Lourdes Flores.
Além da suspeita de uso de drogas, ele também foi acusado nesta campanha de ter uma filha de 13 anos fora do casamento. ''Acho que há gente no Peru aborrecida com o fato de um 'cholo' poder ser presidente'', diz o deputado Carlos Ferrero, presidente do Congresso e membro do partido Peru Possível, de Toledo.
Lourdes Flores disse que considera o argumento racial ''perigoso''. ``A última coisa que queremos no Peru é um discurso racista'', afirmou.
Partidários de Toledo denunciam racismo contra ele no Peru
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As acusações de que o candidato favorito à Presidência do Peru, Alejandro Toledo, consumiu cocaína foram tramadas por membros da elite branca do país, inconformados com a ascensão de um indígena. Essa é a teoria defendida hoje por membros de seu partido.
A duas semanas das eleições, a influente revista "Caretas" publicou ontem uma reportagem em que afirma que Toledo teve resultado positivo para cocaína em um exame de urina feito em 1998. Toledo diz que foi drogado à força, durante um sequestro, hipótese que a revista põe em dúvida.
Toledo afirmou que a notícia é velha e que ele mesmo havia apresentado o caso, suspeitando ter sido sequestrado e drogado por agentes do serviço secreto comandado por seu ex-chefe Vladimiro Montesinos, homem forte do ex-presidente Alberto Fujimori.
A reportagem da "Caretas" e outras que se seguiram levaram os partidários de Toledo a enxergar uma conspiração da imprensa branca contra seu candidato, um ``cholo'' (mestiço com ascendência indígena). O popular tablóide "Ojo" estampou em sua manchete: ``Enfrente as denúncias!''. O "Liberación", seu antigo aliado, acusou-o de se comportar como um avestruz, escondendo-se das denúncias.
``O povinho de Miraflores (bairro mais rico de Lima) quer evitar a vitória do Cholo Toledo. Meu 'cholo' tem integridade e é sagrado'', disse durante um comício Eliane Karp, mulher do candidato, que é belga. Em resposta, o público gritou o nome de Pachacutec, um imperador inca.
Toledo, que atribui a uma fraude sua derrota para Fujimori nas eleições de 2000, está agora dez pontos percentuais à frente da segunda colocada, Lourdes Flores.
Além da suspeita de uso de drogas, ele também foi acusado nesta campanha de ter uma filha de 13 anos fora do casamento. ''Acho que há gente no Peru aborrecida com o fato de um 'cholo' poder ser presidente'', diz o deputado Carlos Ferrero, presidente do Congresso e membro do partido Peru Possível, de Toledo.
Lourdes Flores disse que considera o argumento racial ''perigoso''. ``A última coisa que queremos no Peru é um discurso racista'', afirmou.
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