Publicidade
Publicidade
25/03/2001
-
10h08
ROGERIO WASSERMANN
da Folha de S.Paulo
Uma ação trabalhista movida por um ex-executivo da Coca-Cola no Brasil, que acusava a empresa de usar "essência de cocaína" na fórmula de seu principal refrigerante, levou a companhia a realizar testes que comprovaram que não há traços da droga na bebida.
A análise, feita pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal a pedido do Ministério Público Federal, indicou que não há, na fórmula do refrigerante, "substâncias entorpecentes e/ ou psicotrópicas, inclusive cocaína, capazes de causar dependência física". Segundo a análise, o único alcalóide encontrado na fórmula da Coca-Cola é a cafeína.
O ex-funcionário Placídio José Mendes, que trabalhou na empresa de 1972 a 1983, reclamava uma indenização a que teria direito por ter acesso a "informações sigilosas" da companhia. Para provar, denunciou a suposta existência da "essência de cocaína" na fórmula do refrigerante.
Grande parte da história contada por Mendes, sobre a importação das folhas de coca do Peru pela empresa Stepan Company, que fabrica o aromatizante de coca que compõe a chamada "mercadoria nº 5", um dos itens que fazem parte da fórmula da Coca-Cola, condiz com as informações relatadas pelo jornalista Frederick Allen no livro "Secret Formula" (fórmula secreta). O livro é sugerido pela assessoria de imprensa da própria Coca-Cola como a melhor fonte de informações sobre a história da companhia.
Quando a denúncia foi feita, em setembro, a Coca-Cola publicou em diversos órgãos de imprensa anúncios de página inteira negando a existência de cocaína na fórmula do refrigerante. "A Coca-Cola nega veementemente a utilização de cocaína ou de qualquer outra substância nociva na fabricação do refrigerante", dizia um comunicado da empresa.
"De fato, não existe essa tal 'essência de cocaína', e a Coca-Cola diz a verdade quando afirma que não há traços da droga no refrigerante. O que existe é um extrato de coca, 'descocainizado'", disse à Folha de S.Paulo o colombiano Sergio Uribe, membro da Jife (Junta Internacional Fiscalizadora de Entorpecentes), órgão da ONU responsável pela aplicação da legislação internacional sobre drogas.
Não há cocaína na bebida, diz teste
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Uma ação trabalhista movida por um ex-executivo da Coca-Cola no Brasil, que acusava a empresa de usar "essência de cocaína" na fórmula de seu principal refrigerante, levou a companhia a realizar testes que comprovaram que não há traços da droga na bebida.
A análise, feita pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal a pedido do Ministério Público Federal, indicou que não há, na fórmula do refrigerante, "substâncias entorpecentes e/ ou psicotrópicas, inclusive cocaína, capazes de causar dependência física". Segundo a análise, o único alcalóide encontrado na fórmula da Coca-Cola é a cafeína.
O ex-funcionário Placídio José Mendes, que trabalhou na empresa de 1972 a 1983, reclamava uma indenização a que teria direito por ter acesso a "informações sigilosas" da companhia. Para provar, denunciou a suposta existência da "essência de cocaína" na fórmula do refrigerante.
Grande parte da história contada por Mendes, sobre a importação das folhas de coca do Peru pela empresa Stepan Company, que fabrica o aromatizante de coca que compõe a chamada "mercadoria nº 5", um dos itens que fazem parte da fórmula da Coca-Cola, condiz com as informações relatadas pelo jornalista Frederick Allen no livro "Secret Formula" (fórmula secreta). O livro é sugerido pela assessoria de imprensa da própria Coca-Cola como a melhor fonte de informações sobre a história da companhia.
Quando a denúncia foi feita, em setembro, a Coca-Cola publicou em diversos órgãos de imprensa anúncios de página inteira negando a existência de cocaína na fórmula do refrigerante. "A Coca-Cola nega veementemente a utilização de cocaína ou de qualquer outra substância nociva na fabricação do refrigerante", dizia um comunicado da empresa.
"De fato, não existe essa tal 'essência de cocaína', e a Coca-Cola diz a verdade quando afirma que não há traços da droga no refrigerante. O que existe é um extrato de coca, 'descocainizado'", disse à Folha de S.Paulo o colombiano Sergio Uribe, membro da Jife (Junta Internacional Fiscalizadora de Entorpecentes), órgão da ONU responsável pela aplicação da legislação internacional sobre drogas.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice