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27/03/2001
-
11h32
da Reuters, em Lima
Uma organização privada peruana, que observa a campanha eleitoral para as eleições gerais de 8 de abril, expressou sua preocupação com as agressões físicas e verbais que vêm sendo trocadas pelos candidatos.
"Faltando duas semanas para as eleições, a Associação Civil Transparência expressa sua preocupação com um conjunto de fatos que prejudicam o propósito coletivo de levar a cabo um processo eleitoral democrático, civilizado e exemplar'', disse o comunicado da entidade.
A Transparência disse que outro fator prejudicial é que a campanha está focalizando as vidas privadas dos candidatos, em lugar de analisar seus planos de governo ou orçamentos.
Por outro lado, o organismo acha que as autoridades eleitorais são questionadas de maneira injustificada.
O comunicado foi difundido depois do incidente ocorrido na sexta-feira, quando a candidata Lourdes Flores, segunda colocada nas pesquisas de opinião, com 22,5% das intenções de votos, foi apedrejada quando daria início a um comício numa cidade na região da selva, próxima ao Equador.
O incidente teria sido sinal de rechaço ao apoio que Flores, como parlamentar, deu em 1998 ao tratado de paz entre o Peru e o Equador.
Há duas semanas um grupo de jovens quebrou com pedradas e pauladas os vidros do veículo de Flores, que fazia campanha numa cidade andina, e ela deixou subentendido que seus agressores poderiam ser partidários de Alejandro Toledo, o candidato favorito, com 29% das preferências nas pesquisas.
A revista "Caretas" publicou na quinta-feira passada os resultados de exames de sangue e urina de Toledo, um dos quais teria revelado traços de cocaína. O candidato disse que foi drogado em um sequestro.
Além disso, a imprensa trouxe à tona novamente o escândalo envolvendo Toledo e uma suposta filha dele de 13 anos.
As eleições do ano passado foram consideradas entre as mais "sujas" da história, devido ao rosário de irregularidades que aconteceram e que levaram os observadores locais e internacionais a desligar-se do processo.
Toledo acusou o então presidente Alberto Fujimori de lhe roubar a vitória nas eleições de abril e boicotou o segundo turno, em maio.
Organização peruana condena baixo nível de campanha eleitoral
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Uma organização privada peruana, que observa a campanha eleitoral para as eleições gerais de 8 de abril, expressou sua preocupação com as agressões físicas e verbais que vêm sendo trocadas pelos candidatos.
"Faltando duas semanas para as eleições, a Associação Civil Transparência expressa sua preocupação com um conjunto de fatos que prejudicam o propósito coletivo de levar a cabo um processo eleitoral democrático, civilizado e exemplar'', disse o comunicado da entidade.
A Transparência disse que outro fator prejudicial é que a campanha está focalizando as vidas privadas dos candidatos, em lugar de analisar seus planos de governo ou orçamentos.
Por outro lado, o organismo acha que as autoridades eleitorais são questionadas de maneira injustificada.
O comunicado foi difundido depois do incidente ocorrido na sexta-feira, quando a candidata Lourdes Flores, segunda colocada nas pesquisas de opinião, com 22,5% das intenções de votos, foi apedrejada quando daria início a um comício numa cidade na região da selva, próxima ao Equador.
O incidente teria sido sinal de rechaço ao apoio que Flores, como parlamentar, deu em 1998 ao tratado de paz entre o Peru e o Equador.
Há duas semanas um grupo de jovens quebrou com pedradas e pauladas os vidros do veículo de Flores, que fazia campanha numa cidade andina, e ela deixou subentendido que seus agressores poderiam ser partidários de Alejandro Toledo, o candidato favorito, com 29% das preferências nas pesquisas.
A revista "Caretas" publicou na quinta-feira passada os resultados de exames de sangue e urina de Toledo, um dos quais teria revelado traços de cocaína. O candidato disse que foi drogado em um sequestro.
Além disso, a imprensa trouxe à tona novamente o escândalo envolvendo Toledo e uma suposta filha dele de 13 anos.
As eleições do ano passado foram consideradas entre as mais "sujas" da história, devido ao rosário de irregularidades que aconteceram e que levaram os observadores locais e internacionais a desligar-se do processo.
Toledo acusou o então presidente Alberto Fujimori de lhe roubar a vitória nas eleições de abril e boicotou o segundo turno, em maio.
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