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29/03/2001 - 09h54

Líder timorense explica hoje os motivos de sua demissão

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da France Presse, em Darwin (Austrália)

O líder da resistência em Timor Leste, Xanana Gusmão, explicará hoje o motivo de sua renúncia, anunciada ontem, do Conselho Nacional de Resistência.

Em uma carta dirigida à Autoridade de Transição da ONU em Timor Leste, Gusmão apresentou sua renúncia devido ao fato de os membros do Conselho Nacional "carecerem de vontade para avançar na elaboração de uma Constituição para o novo Estado".

"Renuncio porque não quero estar envolvido em um processo político irresponsável", acrescenta o texto de sua carta.

Xanana Gusmão foi um dos grandes nomes da guerra contra a presença indonésia na ex-colônia portuguesa de Timor Leste, anexada pela Indonésia em 1976. Sua entrega patriótica custou vários anos de prisão em Jacarta.

Atualmente ocupava a direção do Conselho Nacional da Resistência Timorense e era considerado o próximo presidente potencial do território independente, administrado pela ONU desde 25 de outubro de 1999.

Os dirigentes timorenses acreditam que a renúncia de Gusmão é irrevogável, apesar de acrescentarem que essa decisão não colocará na berlinda as eleições gerais de 30 de agosto, das quais sairá o primeiro governo democrático.

Segundo seu porta-voz João Gonçalves, Gusmão deve explicar os motivos de sua demissão hoje, em um comunicado.

Em 30 de agosto de 1999 Timor Leste elegeu por referendo o caminho da independência e, devido a isso, sofreu a ação das milícias pró-indonésias, o que causou milhares de mortos entre a população, até que uma força as Nações Unidas restabeleceu a ordem.

As eleições de 30 de agosto coincidem com o segundo aniversário do referendo que decidiu a independência do território.
 

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