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29/03/2001
-
10h27
da Reuters, em Sydney
O presidente norte-americano, George W. Bush, provocou uma enxurrada de reações negativas hoje ao descartar o Protocolo de Kyoto, de 1997, que visa afastar a ameaça do aquecimento global.
A UE (União Européia) se disse muito preocupada com a decisão americana, o Japão exortou Washington a reconsiderar a idéia e a Austrália lembrou ao mais voraz consumidor mundial de recursos naturais que ele tem a responsabilidade de reduzir as emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa.
No Oceano Pacífico, algumas ilhas que já estão sendo devastadas pelo aumento no nível oceânico e fortes tempestades e estiagens disseram que é sua própria sobrevivência que está em jogo e que a elevação do nível do mar pode varrê-las do mapa.
"Se for verdade que os EUA pretendem retirar-se do protocolo, isso é extremamente preocupante'', disse a comissária de meio ambiente da UE, Margot Wallstrom, em comunicado. "A UE se dispõe a discutir detalhes e problemas, mas não a atirar o protocolo inteiro no lixo.''
Em entrevista à televisão "BBC", o ministro britânico do Meio Ambiente, Michael Meacher, descreveu a decisão americana como muito grave. "O aquecimento global será a maior e mais temível ameaça à humanidade nos próximos 100 anos'', afirmou.
Ambientalistas afirmam que os EUA, apesar de ter apenas 6% da população mundial, produzem mais de um quarto dos gases causadores do efeito estufa.
Bush tem uma reunião prevista para hoje com o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, na Casa Branca, e eles devem discutir suas divergências em relação à política ambiental. A Europa quer implementar o acordo de Kyoto, mas representantes americanos dizem que Bush vai procurar outras maneiras de combater as transformações climáticas.
O vice-presidente do Comitê Intergovernamental sobre Transformações Climáticas (IPCC), Tomihiro Taniguchi, disse que é evidente que Bush deve ter sofrido pressões da indústria petrolífera e do carvão americana para retroceder com relação ao acordo para a redução das emissões de dióxido de carbono.
Decisão dos EUA sobre meio ambiente preocupa outros países
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O presidente norte-americano, George W. Bush, provocou uma enxurrada de reações negativas hoje ao descartar o Protocolo de Kyoto, de 1997, que visa afastar a ameaça do aquecimento global.
A UE (União Européia) se disse muito preocupada com a decisão americana, o Japão exortou Washington a reconsiderar a idéia e a Austrália lembrou ao mais voraz consumidor mundial de recursos naturais que ele tem a responsabilidade de reduzir as emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa.
No Oceano Pacífico, algumas ilhas que já estão sendo devastadas pelo aumento no nível oceânico e fortes tempestades e estiagens disseram que é sua própria sobrevivência que está em jogo e que a elevação do nível do mar pode varrê-las do mapa.
"Se for verdade que os EUA pretendem retirar-se do protocolo, isso é extremamente preocupante'', disse a comissária de meio ambiente da UE, Margot Wallstrom, em comunicado. "A UE se dispõe a discutir detalhes e problemas, mas não a atirar o protocolo inteiro no lixo.''
Em entrevista à televisão "BBC", o ministro britânico do Meio Ambiente, Michael Meacher, descreveu a decisão americana como muito grave. "O aquecimento global será a maior e mais temível ameaça à humanidade nos próximos 100 anos'', afirmou.
Ambientalistas afirmam que os EUA, apesar de ter apenas 6% da população mundial, produzem mais de um quarto dos gases causadores do efeito estufa.
Bush tem uma reunião prevista para hoje com o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, na Casa Branca, e eles devem discutir suas divergências em relação à política ambiental. A Europa quer implementar o acordo de Kyoto, mas representantes americanos dizem que Bush vai procurar outras maneiras de combater as transformações climáticas.
O vice-presidente do Comitê Intergovernamental sobre Transformações Climáticas (IPCC), Tomihiro Taniguchi, disse que é evidente que Bush deve ter sofrido pressões da indústria petrolífera e do carvão americana para retroceder com relação ao acordo para a redução das emissões de dióxido de carbono.
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