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30/03/2001
-
11h35
da Deutsche Welle
O Parlamento da Alemanha (Bundestag) aprovou hoje, em Berlim, com grande maioria de votos, um plano de ação para combater o extremismo de direita.
Paralelamente, as Câmaras Alta (Bundesrat) e Baixa (Bundestag) do Legislativo apresentaram seus respectivos pedidos de extinção do Partido Nacional Democrata (NDP), radical de direita, ao Tribunal Federal Constitucional, em Karlsruhe. As duas medidas visam combater a violência de natureza racista, xenófoba e anti-semita.
Os delitos de extrema-direita, incluindo a propaganda nazista, aumentaram 60% no ano passado.
O plano de ação, proposto pela coalizão de governo social-democrata (SPD) e Verde, foi apoiado pelo Partido Liberal (FDP) e o neocomunista PDS.
O plano contém diretrizes para prevenir violência de skinheads e neonazistas, prevê intervenção maior do Estado e estimula o fortalecimento da sociedade civil.
A oposição conservadora democrata-cristã (CDU) e social-cristã (CSU) apresentou uma proposta adicional de combate ao extremismo de esquerda.
Apesar das divergências entre situação e oposição, o Parlamento mostrou-se coeso na luta contra o extremismo de direita. No debate acalorado antes da votação do plano, que ainda será detalhado, oradores de todos os partidos acentuaram a importância da educação.
O engajamento na educação é uma das medidas preventivas mais importantes, disse o ministro do Interior, Otto Schily.
Seu companheiro do SPD, Sebastian Edathy, informou que dois terços dos membros do NPD neonazista são jovens entre 16 e 25 anos de idade. "Crianças e adolescentes têm de aprender democracia na escola", afirmou.
O ex-presidente da CDU, Wolfgang Schäuble, disse que existem opiniões diferentes sobre o caminho certo, mas todos os partidos apoiam a mesma meta de combater a violência.
"O Parlamento alemão jamais considerará o extremismo de direita, a xenofobia, o anti-semitismo e a violência como normalidade", diz o requerimento dos dois partidos governistas aprovado.
A encarregada do governo para a questão dos estrangeiros, Marieluise Beck, do Partido Verde, advertiu contra a exclusão social dos estrangeiros e de minorias.
"Os radicais de direita atacam, independente da nacionalidade, quem é estrangeiro ou diferente. Prova disso são os quatro sem-teto assassinados a socos e ponta pés por skinheads no ano passado."
Parlamento alemão aprova plano de combate à extrema-direita
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O Parlamento da Alemanha (Bundestag) aprovou hoje, em Berlim, com grande maioria de votos, um plano de ação para combater o extremismo de direita.
Paralelamente, as Câmaras Alta (Bundesrat) e Baixa (Bundestag) do Legislativo apresentaram seus respectivos pedidos de extinção do Partido Nacional Democrata (NDP), radical de direita, ao Tribunal Federal Constitucional, em Karlsruhe. As duas medidas visam combater a violência de natureza racista, xenófoba e anti-semita.
Os delitos de extrema-direita, incluindo a propaganda nazista, aumentaram 60% no ano passado.
O plano de ação, proposto pela coalizão de governo social-democrata (SPD) e Verde, foi apoiado pelo Partido Liberal (FDP) e o neocomunista PDS.
O plano contém diretrizes para prevenir violência de skinheads e neonazistas, prevê intervenção maior do Estado e estimula o fortalecimento da sociedade civil.
A oposição conservadora democrata-cristã (CDU) e social-cristã (CSU) apresentou uma proposta adicional de combate ao extremismo de esquerda.
Apesar das divergências entre situação e oposição, o Parlamento mostrou-se coeso na luta contra o extremismo de direita. No debate acalorado antes da votação do plano, que ainda será detalhado, oradores de todos os partidos acentuaram a importância da educação.
O engajamento na educação é uma das medidas preventivas mais importantes, disse o ministro do Interior, Otto Schily.
Seu companheiro do SPD, Sebastian Edathy, informou que dois terços dos membros do NPD neonazista são jovens entre 16 e 25 anos de idade. "Crianças e adolescentes têm de aprender democracia na escola", afirmou.
O ex-presidente da CDU, Wolfgang Schäuble, disse que existem opiniões diferentes sobre o caminho certo, mas todos os partidos apoiam a mesma meta de combater a violência.
"O Parlamento alemão jamais considerará o extremismo de direita, a xenofobia, o anti-semitismo e a violência como normalidade", diz o requerimento dos dois partidos governistas aprovado.
A encarregada do governo para a questão dos estrangeiros, Marieluise Beck, do Partido Verde, advertiu contra a exclusão social dos estrangeiros e de minorias.
"Os radicais de direita atacam, independente da nacionalidade, quem é estrangeiro ou diferente. Prova disso são os quatro sem-teto assassinados a socos e ponta pés por skinheads no ano passado."
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