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30/03/2001 - 18h26

Saiba mais sobre o ex-presidente Slobodan Milosevic

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da Folha Online

Slobodan Milosevic, 57, era o último dos ditadores comunistas europeus. O presidente iugoslavo, que usa o nacionalismo sérvio como justificativa para sua brutalidade, escolheu a guerra como uma maneira de manter seu poder à custa de seu povo.

"Ele é um ditador arrogante, egoísta, com fome de poder", diz o ex-senador americano Bob Dole, que foi enviado do presidente Clinton para a região.

Milosevic nasceu em Pozarevac, na Sérvia central. Seu pai era teólogo. Sua mãe, professora. Ambos cometeram suicídio. Filiou-se ao Partido Comunista após se formar em direito em Belgrado (1964).

Após a morte de Tito, em 1980, tornou-se líder do PC e construiu seu poder com um nacionalismo intenso. Em 1987, no 598º aniversário da derrota dos sérvios para os otomanos em Kosovo, prometeu aos sérvios: "Ninguém jamais nos derrotará de novo".

Em 1989, foi eleito presidente da Sérvia e clamou pela anexação de áreas sérvias das repúblicas vizinhas, como preço pela dissolução da Iugoslávia. Foi reeleito em 1992, com acusações de fraude.

Até hoje, Milosevic consegue evitar responsabilidade direta pela limpeza étnica que orquestrou.

Figura enigmática em seu próprio país, é tido como herói patriótico. Milosevic foi à TV, antes do ataque, para pedir que os iugoslavos defendam o país "de todas as maneiras". Foi uma rara aparição pública.

Ele passava boa parte de seu tempo em um grande palácio nas cercanias de Belgrado, com sua mulher, Mirjana Mrkovic, uma acadêmica marxista que ele conheceu antes da faculdade. Tem dois filhos, um homem e uma mulher.

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