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19/06/2000 - 17h10

Áustria boicota UE mas continua boicotada

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da Deutsche Welle

Apesar dos primeiros sinais encorajadores, não está em vista um fim do isolamento da Áustria na conferência de cúpula de dois dias dos chefes de Estado e de governo da União Européia, iniciada em Santa Maria da Feira (Portugal), nesta segunda-feira (19). "Não existe ainda uma saída", disse, decepcionado, o chanceler federal austríaco, Wolfgang Schüssel. Ele negou o voto da Áustria para a ambicionada tributação dos lucros obtidos com juros no âmbito da UE, mas as razões seriam de caráter interno.

Vários participantes também negaram que o boicote da Áustria tenha sido para pressionar os parceiros europeus a suspenderem suas sanções. Os outros 14 países-membros da UE congelaram suas relações bilaterais com a Áustria, em fevereiro, em protesto contra a participação do Partido da Liberdade do radical de direita Jörg Haider na coalizão de governo de Viena.

Schüssel exigiu a participação do seu governo na procura de uma saída para o impasse e insistiu para que seja encontrada uma solução até o fim deste mês. Os 14 parceiros "têm de romper o silêncio e iniciar um diálogo com a Áustria", em vez de ficarem conciliando entre si e só falando da Áustria", reclamou o chefe de governo.

Do presidente da UE, o primeiro-ministro de Portugal, Antonio Guterres, ele exigiu um plano concreto para o fim do boicote contra a Áustria. Esta seria a vontade dos outros parceiros, segundo Schüssel. Diplomatas informaram que Portugal pretende propor, depois do encontro de cúpula de Feira, que a política da Áustria seja observada até o ano que vem. Desta forma, a França, o defensor mais duro das sanções e que assumirá a presidência da UE em primeiro de julho, não teria que se preocupar com o problema. O governo austríaco já tinha rejeitado essa proposta.

Os chefes de Estado e de governo não hesitaram em se deixar fotografar junto com o chefe de governo austríaco. Foi a primeira conferência de cúpula em que os mandatários europeus não fizeram esse tipo de objeção desde o início das sanções em fevereiro. Na conferência de Lisboa, em março, e outros encontros informais de ministros, alguns políticos se recusaram a participar da foto para o chamado "álbum de família" ao lado de representantes austríacos.

O que chamou a atenção deste vez na foto foi o presidente da UE, Guterres, com o cachecol do fã clube da seleção portuguesa de futebol no pescoço.

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