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09/04/2001
-
20h49
da France Presse, em Lima (Peru)
Alejandro Toledo Manrique é filho de engraxate, foi vendedor de jornais e, depois, pastor de ovelhas. Formou-se em Economia, nos Estados Unidos, e tem pela primeira vez a possibilidade segura de ser presidente do Peru.
Ao 55 anos, Toledo, um ex-funcionário do Banco Mundial, concorre pela terceira vez consecutiva às eleições presidenciais, uma demonstração de persistência política que ele descreve como "teimosia associada à sua origem andina".
Toledo chama a si mesmo de "teimoso, índio e rebelde com causa", virtudes que foram determinantes em sua carreira, e que agora o colocam às portas do poder.
Foram essas características de sua personalidade que marcaram seus atos nos últimos tempos, que influíram em grande medida, segundo seus simpatizantes, no desmoronamento do regime do ex-presidente Alberto Fujimori, agora exilado no Japão.
Toledo sempre foi uma "pedra no sapato" de Fujimori e, provavelmente, deu as maiores dores de cabeça ao ex-assesor do presidente Vladimiro Montesinos, que não conseguiu acabar com a reputação de Toledo por meio de campanhas de desinformação, como fez com outros adversários do governante nas eleições do ano passado.
Os analistas destacam que Fujimori _que derrotou o premiado escritor Mario Vargas Llosa (em 1990) e o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuéllar (em 1995)_ provavelmente nunca imaginou que Toledo pudesse desempenhar um papel central na derrubada de seu regime.
Toledo tem o inconfundível perfil do peruano comum. De rosto com aspecto melancólico, nariz aquilino e de estatura menor do que a média dos índios peruanos, predominantes no país, sua imagem permitiu uma empatia com muitos peruanos.
Esse perfil deu à atual campanha eleitoral uma aspecto étnico, em um país com racismo subjacente e que até a vitória de Fujimori só havia tido como governantes membros da elite branca, descendentes de europeus.
Toledo fez doutorado em Economia na Universidade norte-americana de Stanford e também estudou em Harvard.
Seus adversários o acusam de se apresentar como a reencarnação do império dos Incas e que em seus atos políticos ele é chamado de Pachacútec, considerado um dos incas mais importantes.
Setores opostos à sua candidatura voltaram a falar sobre o caso de uma menina de 13 anos, que alegam que seria sua filha fora do casamento, e pediram que seja realizado um exame de DNA para esclarecer o fato. Toledo negou a paternidade e disse que se submeterá ao teste depois das eleições.
Segundo Toledo, nos tempos do ex-assessor Montesinos ele foi "sequestrado, sedado, e possivelmente drogado, para ser fotografado em situação comprometedora e depois ser chantageado". Esse é um incidente sobre o qual poucos detalhes são conhecidos.
A principal crítica que ele recebe é contra sua persistente recusa em debater com seus adversários.
Leia mais sobre as eleições no Peru
Veja o perfil de Alejandro Toledo, que disputa 2º turno no Peru
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Alejandro Toledo Manrique é filho de engraxate, foi vendedor de jornais e, depois, pastor de ovelhas. Formou-se em Economia, nos Estados Unidos, e tem pela primeira vez a possibilidade segura de ser presidente do Peru.
Ao 55 anos, Toledo, um ex-funcionário do Banco Mundial, concorre pela terceira vez consecutiva às eleições presidenciais, uma demonstração de persistência política que ele descreve como "teimosia associada à sua origem andina".
Toledo chama a si mesmo de "teimoso, índio e rebelde com causa", virtudes que foram determinantes em sua carreira, e que agora o colocam às portas do poder.
Foram essas características de sua personalidade que marcaram seus atos nos últimos tempos, que influíram em grande medida, segundo seus simpatizantes, no desmoronamento do regime do ex-presidente Alberto Fujimori, agora exilado no Japão.
Toledo sempre foi uma "pedra no sapato" de Fujimori e, provavelmente, deu as maiores dores de cabeça ao ex-assesor do presidente Vladimiro Montesinos, que não conseguiu acabar com a reputação de Toledo por meio de campanhas de desinformação, como fez com outros adversários do governante nas eleições do ano passado.
Os analistas destacam que Fujimori _que derrotou o premiado escritor Mario Vargas Llosa (em 1990) e o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuéllar (em 1995)_ provavelmente nunca imaginou que Toledo pudesse desempenhar um papel central na derrubada de seu regime.
Toledo tem o inconfundível perfil do peruano comum. De rosto com aspecto melancólico, nariz aquilino e de estatura menor do que a média dos índios peruanos, predominantes no país, sua imagem permitiu uma empatia com muitos peruanos.
Esse perfil deu à atual campanha eleitoral uma aspecto étnico, em um país com racismo subjacente e que até a vitória de Fujimori só havia tido como governantes membros da elite branca, descendentes de europeus.
Toledo fez doutorado em Economia na Universidade norte-americana de Stanford e também estudou em Harvard.
Seus adversários o acusam de se apresentar como a reencarnação do império dos Incas e que em seus atos políticos ele é chamado de Pachacútec, considerado um dos incas mais importantes.
Setores opostos à sua candidatura voltaram a falar sobre o caso de uma menina de 13 anos, que alegam que seria sua filha fora do casamento, e pediram que seja realizado um exame de DNA para esclarecer o fato. Toledo negou a paternidade e disse que se submeterá ao teste depois das eleições.
Segundo Toledo, nos tempos do ex-assessor Montesinos ele foi "sequestrado, sedado, e possivelmente drogado, para ser fotografado em situação comprometedora e depois ser chantageado". Esse é um incidente sobre o qual poucos detalhes são conhecidos.
A principal crítica que ele recebe é contra sua persistente recusa em debater com seus adversários.
Leia mais sobre as eleições no Peru
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