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09/04/2001
-
20h51
da France Presse, em Lima (Peru)
Alan García Pérez tenta alcançar pela segunda vez a Presidência do Peru, depois de ter sido perseguido, acusado e processado por suposta corrupção durante seu governo, de 1985 a 1990, o único que o seu partido social-democrata _Aprista Peruano_ conquistou em sua longa existência.
As mais recentes pesquisas de opinião o colocam em uma posição de disputar o segundo turno eleitoral com uma espetacular chegada final.
Durante seu último discurso, Pérez apresentou suas idéias, propostas, reflexões, um pedido de perdão por seus erros e até mesmo um poema, que ele recitou palavra por palavra.
García, 51, se transformou aos 36 anos em um dos presidentes mais jovens do país, mas durante cinco anos de administração populista deixou a nação com a economia devastada, à mercê das organizações terroristas e com a classe política despedaçada.
Seu cálculo político falhou quando não previu que o candidato Alberto Fujimori, ao qual ajudou a eleger em 1990, ordenaria sua prisão em uma madrugada, dois anos depois, com a intenção de matá-lo, segundo ele mesmo afirmou.
"Fiquei várias horas escondido em um beco e consegui escapar de militares armados dentro do carro de alguns vizinhos."
Em 1992, Pérez se exilou na Colômbia. Porém viveu mais tempo na França, onde tem recordações de seus anos de estudante de sociologia na Universidade de Paris.
García nasceu em Lima em 23 de maio de 1949. Casou-se com a argentina Pilar Nores. Estudou em escolas e universidades públicas peruanas. Em 1972 ele fez doutorado em Direito na Universidade Complutense de Madri.
Em 1978 foi eleito para a Assembléia Nacional Constituinte e dois anos depois foi deputado por Lima. Em 1985 venceu a eleição para a Presidência do Peru com uma ampla vantagem sobre o socialista Alfonso Barrantes.
Ao fim de seu mandato, acumulava denúncias de participação pessoal em atos de corrupção, que se transformaram em julgamentos por enriquecimento ilícito, malversação de dinheiro do Estado, peculato e outros, aos quais ele não se apresentou. Porém nenhum dos processos contra ele teve sentença judicial.
O Congresso do período Fujimori aprovou leis contra García, ao criar a figura do "réu contumaz" e uma outra para evitar a candidatura a cargos públicos de pessoas com julgamentos pendentes.
Depois da queda de Fujimori e da modificação das forças parlamentares, as leis foram revisadas, permitindo seu retorno ao país e à nova candidatura presidencial.
Alan García, se não for eleito, provavelmente viverá no próximo domingo (8), dia das eleições, a satisfação pessoal de vencer Fernando Olivera Vega, também candidato presidencial, que como deputado foi um implacável perseguidor do ex-presidente.
Leia mais sobre as eleições no Peru
Alan García tenta voltar à Presidência do Peru
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Alan García Pérez tenta alcançar pela segunda vez a Presidência do Peru, depois de ter sido perseguido, acusado e processado por suposta corrupção durante seu governo, de 1985 a 1990, o único que o seu partido social-democrata _Aprista Peruano_ conquistou em sua longa existência.
As mais recentes pesquisas de opinião o colocam em uma posição de disputar o segundo turno eleitoral com uma espetacular chegada final.
Durante seu último discurso, Pérez apresentou suas idéias, propostas, reflexões, um pedido de perdão por seus erros e até mesmo um poema, que ele recitou palavra por palavra.
García, 51, se transformou aos 36 anos em um dos presidentes mais jovens do país, mas durante cinco anos de administração populista deixou a nação com a economia devastada, à mercê das organizações terroristas e com a classe política despedaçada.
Seu cálculo político falhou quando não previu que o candidato Alberto Fujimori, ao qual ajudou a eleger em 1990, ordenaria sua prisão em uma madrugada, dois anos depois, com a intenção de matá-lo, segundo ele mesmo afirmou.
"Fiquei várias horas escondido em um beco e consegui escapar de militares armados dentro do carro de alguns vizinhos."
Em 1992, Pérez se exilou na Colômbia. Porém viveu mais tempo na França, onde tem recordações de seus anos de estudante de sociologia na Universidade de Paris.
García nasceu em Lima em 23 de maio de 1949. Casou-se com a argentina Pilar Nores. Estudou em escolas e universidades públicas peruanas. Em 1972 ele fez doutorado em Direito na Universidade Complutense de Madri.
Em 1978 foi eleito para a Assembléia Nacional Constituinte e dois anos depois foi deputado por Lima. Em 1985 venceu a eleição para a Presidência do Peru com uma ampla vantagem sobre o socialista Alfonso Barrantes.
Ao fim de seu mandato, acumulava denúncias de participação pessoal em atos de corrupção, que se transformaram em julgamentos por enriquecimento ilícito, malversação de dinheiro do Estado, peculato e outros, aos quais ele não se apresentou. Porém nenhum dos processos contra ele teve sentença judicial.
O Congresso do período Fujimori aprovou leis contra García, ao criar a figura do "réu contumaz" e uma outra para evitar a candidatura a cargos públicos de pessoas com julgamentos pendentes.
Depois da queda de Fujimori e da modificação das forças parlamentares, as leis foram revisadas, permitindo seu retorno ao país e à nova candidatura presidencial.
Alan García, se não for eleito, provavelmente viverá no próximo domingo (8), dia das eleições, a satisfação pessoal de vencer Fernando Olivera Vega, também candidato presidencial, que como deputado foi um implacável perseguidor do ex-presidente.
Leia mais sobre as eleições no Peru
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